UNICEF realiza avaliação do Viva Melhor Sabendo Jovem em sete capitais

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Com foco em avaliar os principais resultados da implementação da estratégia do projeto Viva Melhor Sabendo Jovem (VMSJ), uma estratégia em saúde do UNICEF e parceiros para adolescentes e jovens, entre 15 e 29 anos, ao diagnóstico oportuno do HIV/aids e outras infecções sexualmente transmissíveis, ocorre um workshop para revisão dos conteúdos e resultados obtidos da iniciativa, produção e divulgação de material. O evento que começou na segunda (27) em Manaus, segue nesta terça com o encontro da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens (RNAJVHA), quando serão discutidas estratégias para seu fortalecimento. Ainda como parte da pauta da Rede está o monitoramento das políticas públicas referente a resposta ao HIV/aids no Brasil.

Este workshop e o encontro da RNAJVHA acontece ainda em Belém (PA), nos dias 29 e 30 de setembro. O evento é previsto também para as cidades de São Luís, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife e Salvador, e conta com a participação de membros locais da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens (RNAJVHA), visando melhorar sua comunicação, mobilização e participação.

A implementação bem-sucedida do VMSJ envolve gestão intersetorial, pesquisa para identificação e mapeamento das populações-chave e prioritárias, capacitação de profissionais, intervenções comunitárias e, mais importante, a participação e protagonismo de adolescentes e jovens. O projeto também tem histórico nas capitais dos estados do Ceará, Amazonas, Pernambuco, Maranhão, São Paulo e, Espírito Santo

“Apesar dos grandes avanços na resposta ao HIV/aids no Brasil, a infecção continua a apresentar tendências de crescimento entre adolescentes e jovens, demonstrando que muitos desafios na prevenção e controle do vírus HIV ainda persistem. Nesse contexto, o Viva Melhor Sabendo Jovem (VMSJ) busca garantir a ampliação do acesso de adolescentes e jovens entre 15 e 24 anos ao teste do HIV/aids e outras infecções sexualmente transmissíveis e, dessa forma, temos por objetivo facilitar o início imediato ao tratamento e a retenção a esse tratamento, nos casos positivos, para que cheguem à carga viral indetectável”, esclarece Antônio Carlos Cabral, especialista em Saúde e HIV/aids do UNICEF Brasil .

“Esse encontro é de fundamental importância para conseguirmos ter um termômetro sobre o desenvolvimento do projeto, que inclusive continuou desempenhando papel primordial ao longo da pandemia de Covid-19. Com o workshop, queremos alcançar uma visão ampla sobre o principais resultados, lições aprendidas e boas práticas do VMSJ, sistematizados como forma de promover a sustentabilidade e implementação de políticas públicas nos municípios brasileiros a partir das experiências e lições aprendidas nas capitais de grandes centros urbanos”, explica Rayanne França, Oficial para o Desenvolvimento e Participação de Adolescentes do UNICEF.

“O Programa de HIV/aids do UNICEF, baseado nos princípios da Convenção sobre os Direitos da Criança, assim como as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Estatuto da Juventude, apoia o Governo Brasileiro, com o intuito de obter melhores resultados nas políticas públicas relacionadas a este tema. Os eventos que estaremos realizando em sete capitais brasileiras visam avaliar a iniciativa o quanto avançamos e os ajustes necessários para chegar onde queremos”, salienta Javier Angonoa, consultor de saúde do UNICEF para avaliação do Viva Melhor Sabendo Jovem.

Sobre o VIVA Melhor Sabendo

A estratégia em saúde do UNICEF e parceiros visa a ampliação do acesso de adolescentes e jovens entre 15 e 29 anos ao diagnóstico oportuno do HIV/aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. Além disso, incentiva a testagem e, nos casos positivos para o HIV, a adesão imediata ao tratamento. A iniciativa também tem como prioridade a continuidade dos jovens testados positivos na Terapia Antirretroviral (TARV) e no acesso às informações sobre prevenção e autocuidado, por meio da formação entre pares.

“Esse evento é uma oportunidade de colocar nossa visão sobre o projeto, principalmente como referência de política pública referente à saúde de adolescentes e jovens sobre o HIV/aids na região Norte, já que recebemos tão pouca informação sobre o assunto”, esclarece a jovem “Tayla Castelo Branco, 22 anos, que particpa do projeto há seis anos.

O UNICEF trabalha pela garantia dos direitos de cada criança e de cada adolescente, especialmente aqueles mais vulneráveis. No Brasil, são implementadas diversas iniciativas, com o intuito de promover transformações positivas nas áreas de Educação, Proteção, Saúde e Assistência Social. Por meio do fortalecimento da rede de atendimento e facilitação de acesso às políticas públicas, o UNICEF incentiva que os direitos e deveres sejam aplicáveis a todas e todos, sem distinção.

“Eu conheci o Projeto Viva Melhor Sabendo Jovem em 2014. A iniciativa mudou minha vida, ajudou-me muito na questão de tolerância com as pessoas, respeito entre as diversidades e foi um leque de oportunidade principalmente de informação. Assim, o projeto é sinônimo de aprendizagem, visão, conscientização e respeito mútuo e principalmente humanidade com as pessoas”, afirma o jovem Gustavo Henrique Lima Mota, 20 anos.

Tendo em vista o enfrentamento da epidemia de HIV/aids no país, a parceria entre organizações sociais e municipais favorece o advocacy em prol de que crianças e adolescentes sejam protegidos da infecção, que sejam testados e, aos que apresentem diagnóstico positivo para HIV/aids, que tenham acesso ao tratamento adequado e livre de estigmas. O Ministério da Saúde no Brasil, ao longo dos anos, tem implementado importantes políticas e programas voltados para o enfrentamento da epidemia de HIV/aids no país, junto a diversas parcerias. Contudo, os efeitos mais graves da epidemia recaem sobre os adolescentes.

Para alcançar os objetivos do projeto, é necessário que a rede de atenção à saúde em cada município que desenvolve a iniciativa esteja preparada para atender, principalmente, as populações mais vulneráveis. Os serviços oferecidos precisam ser inovadores, seguros, acessíveis, equitativos e livres de estigmas e discriminação. Também é fundamental o engajamento da sociedade civil no processo de desenvolvimento das estratégias e ações locais, para que os serviços oferecidos atendam às necessidades específicas da comunidade.

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