Paralisia do sono: o que é e como se manifesta

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Caracterizado como um distúrbio da classe das PARASSONIAS DO SONO REM, a Paralisia do Sono pode se manifestar quando há privação ou irregularidades no padrão de sono. A condição gera a sensação de retomada da consciência após despertar, mas que impossibilita que o indivíduo se mova, como se houvesse perda da força da musculatura do corpo ou do controle dos movimentos.

Segundo Laura Castro, especialista no sono, psicóloga e sócia fundadora da Vigilantes do Sono, apesar da maioria dos casos serem benignos, é importante estar atento à inconsistência do sono. “Em termos mais técnicos, a paralisia consiste em uma inabilidade para realizar movimentos voluntários, falar ou movimentar membros, o tronco ou a cabeça, tanto no início como ao despertar de um período de sono. Também pode se associar a experiências alucinatórias, sem que a pessoa reconheça ao certo se é sonho ou realidade”, explica.

A paralisia do sono, assim como os demais distúrbios pertencentes à classe das Parassonias, consiste em alterações comportamentais ou experiências físicas relacionadas ao sono, como no caso do sonambulismo ou terror noturno. Outras condições referentes ao sono, como a insônia e a apneia, pertencem a outras classes de distúrbios que se manifestam de maneira diferente, envolvendo mecanismos e origens diferentes. O diagnóstico da paralisia do sono não requer necessariamente a realização de uma polissonografia ou outros exames, mas baseia-se essencialmente nos relatos dos pacientes.

Ao todo, são sete grandes classes de distúrbios do sono: as insônias, os distúrbios respiratórios, as hipersonolências, os distúrbios de ritmo, as parassonias, os distúrbios relacionados ao movimento, e uma sétima classe denominada outros distúrbios do sono, que não agrega nenhuma condição específica, mas que é utilizada em termos diagnósticos para classificar, por exemplo, distúrbios relacionados a fatores ambientais e que no caso de sua ausência o distúrbio não ocorre.

De acordo com Laura, são raras as complicações advindas da paralisia do sono e, em geral, o tratamento envolve orientações comportamentais ou é voltado para que se alcance a higiene do sono, prevenindo um sono ruim. “A Terapia Cognitiva Comportamental para insônia (TCC-I) é uma metodologia de intervenção direcionada para tratar a insônia. Quando a paralisia do sono se associa à ansiedade pré-sono e dificuldade para se iniciar ou manter o sono, a TCC-I se torna uma possível abordagem, pois nela, além das estratégias para aplicação da higiene do sono, aprende-se habilidades que favorecem o relaxamento físico e mental”, destaca.

A especialista esclarece que a psicoterapia em si, associada a orientações guiadas para a higiene do sono, talvez seja uma das melhores abordagens terapêuticas para a paralisia, pois de modo geral está ligada a fatores precipitantes como a privação de sono ou irregularidades nos horários de dormir e acordar, além de condições psiquiátricas relevantes nos casos mais acentuados.

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