In Cena lança novo espetáculo: ‘República Lee – Um Musical ao Som de Rita’

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A In Cena Casa de Artes e Produções anuncia a seu mais novo espetáculo: “República Lee – Um Musical ao Som de Rita”. Trata-se de uma comédia musical, com dramaturgia inédita e costurada por canções de Rita Lee. O projeto, que está em fase de planejamento, foi idealizado pela artista amazonense Cella Bártholo, diretora da produtora, que funciona no Rio de Janeiro, em Botafogo, com texto e direção geral de Tauã Delmiro. O musical está previsto para estrear em 2024, com temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo. As audições começam no final deste ano.

Equipe do In Cena reunida

O espetáculo acompanha a história de cinco jovens artistas, moradores de uma república situada na cidade de São Paulo, no contexto de 1967. O grupo está engajado em produzir, dentro do apartamento em que moram, um curta metragem de ficção científica, com baixo orçamento. Dialogando com a narrativa, a encenação do espetáculo pretende proporcionar uma experiência multilinguagem, entre teatro e cinema. A partir da interação de cenas teatrais, takes pré-gravados e outros que serão filmados ao vivo, será construído um filme na presença do público, explica Cella Bártholo.

A dramaturgia do espetáculo gira em torno de Julie, uma jovem mulher que acaba de chegar a São Paulo e está em início de gravidez. Ela vai morar na república em que se passa a história, após ler um anúncio de jornal e trocar cartas com Caio, jovem gay que sonha em ser cineasta. No local, também moram Danilo e Sarah, um casal de atores que está vivendo uma crise no relacionamento, e Camila, filha da dona do imóvel e estudante de arquitetura.

A trama acompanha a rotina do grupo, após tomarem a decisão de investir no sonho de Caio: um filme de ficção científica. A trama dentro da trama é baseada em longas-metragens de Sci-fi dos anos 1950, como “O dia em que a Terra Parou”, “A invasão dos discos voadores” e o “O Ataque da Mulher de 15 Metros”.

Na história, o presidente do Brasil está prestes a inaugurar a primeira Usina Nuclear do país. Isso atrai a atenção de seres extraterrestres que chegam à capital com discos voadores. Os visitantes vieram para alertar os brasileiros sobre as contradições da instalação de um reator nuclear. A população brasileira, no entanto, não compreende a mensagem e exige intervenção militar, para que expulsem os seres extraterrestres do território.

Após serem alvejados por tiros da Força Nacional, os visitantes interplanetários decidem criar um plano: usar uma arma capaz de transformar pessoas de grupos identitários em seres gigantes, para que impeçam a inauguração da usina nuclear.

Cella Bártholo destaca que o espetáculo sintetiza a efervescente cena cultural paulista do final da década de 1960, que assistiu florescer o trabalho de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes. “Um caldeirão de experimentos artísticos que possibilitou o nascimento da Tropicália e a construção da identidade do rock nacional, ritmo que fez de Rita Lee sua principal representante”, ressalta.

A dramaturgia do musical é embalada por canções clássicas do repertório da cantora, como “Alô, alô marciano”, “Erva Venenosa” e “Doce Vampiro”. A partir do universo lúdico e disruptivo da lírica de Rita, a narrativa aborda a rebeldia de uma juventude que rompeu paradigmas e quer ser fonte de inspiração para que cada espectador faça sua própria revolução pessoal.

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