Bailarino amazonense Marcelo Mourão relembra sua trajetória e fala sobre planos para 2022

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Natural de Manaus, Marcelo Mourão Gomes é um bailarino dono de uma carreira internacional de sucesso. Após 20 anos na American Ballet Theater, em Nova Iorque, na qual chegou a ser Primeiro Bailarino, agora Marcelo reside em Dresden, na Alemanha, onde trabalha no Semperoper Ballet, como Primeiro Bailarino e Mestre de Ballet. Na entrevista a seguir, o manauara, filho da queridíssima jornalista Mazé Mourão, conta um pouco da sua trajetória, seus planos para o futuro e seus votos para 2022. Confira:

De que forma se deu sua trajetória na dança?

Eu comecei a estudar ballet no Rio de Janeiro, no Ballet Dalal Achcar e, com 13 anos, ganhei uma bolsa de estudos em Boca Raton, Flórida. É uma escola que se chama The Harid Conservatory, onde estudei por três anos.

A escola me levou para uma competição na Suíça, The Prix de Lausanne, onde ganhei um bolsa para a Escola do Ópera de Paris. Depois de um ano na França, ganhei um contrato para o American Ballet Theater em Nova York. Dancei desde corpo de baile até Primeiro bailarino. Fiquei na companhia durante 20 anos.

Atualmente estou residindo em Dresden, Alemanha, e trabalho no Semperoper Ballet Dresden. Desde agosto de 2020 danço como Primeiro Bailarino e sou também Mestre de Ballet (professor e ensaiador).

Como foi esse período de pandemia para você?

O começo da pandemia foi muito bom, para falar a verdade. Eu e meu marido nunca tínhamos passado tanto tempo juntos em casa, por causa dos trabalhos que nos fazem viajar pelo mundo. Mas com o decorrer do tempo, quando todos nossos planos foram cancelados, e a pandemia começou a ter um rumo tão trágico, nossa alegria tornou-se uma enorme ansiedade e tristeza.

Como está sendo essa retomada pós-pandemia?

Para mim, ainda não existe pós-pandemia. A companhia de ballet, onde estou, fechou as portas do teatro, mais uma vez, depois de um ano e meio. Muitos artistas estão sem se apresentar porque precisamos do público para fazer a nossa arte. Pelo menos, fico feliz que estamos mais conscientes em controlar a situação, mas a vacinação é muito importante.

Quais seus planos para o futuro nos palcos? Algum projeto engatilhado?

Estou adorando o meu novo posto como primeiro bailarino e treinador. É um equilíbrio que estou ainda navegando, mas está me inspirando para continuar dançando. Claro que tenho vários projetos, porém, aprendi a não ter muitas expectativas, então estou vivendo, no momento, o tempo presente. Espero que ano que vem eu tenha mais oportunidades de dançar no placo e ver mais a minha família aqui no Brasil ou na Alemanha.

O que você espera para 2022? Quais seus votos para esse ano que começa?

Espero que as pessoas se importem mais umas com as outras, de verdade. Que a gente trate melhor o mundo em que vivemos. Busco, a cada dia, ser uma pessoa melhor. Ter mais tempo para a minha família, amigos, pois passei a ver o quanto isso é precioso. No mais, desejo a todos uma passagem de ano com saúde, paz e união entre todos os seres do planeta.

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