Beleza histórica: fotógrafa Gisele Alfaia apresenta trabalho sobre a cheia de 2021

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No ano passado, em plena pandemia que abalava o mundo, Manaus vivia um outro momento histórico, este, por sua vez, era algo muito mais pessoal: a maior cheia que a cidade já viu desde o início dos registros em 1902. 

A marca, de 30,02 metros do Rio Negro, alcançada no dia 20 de junho de 2021, ficará para sempre registrada nos livros de história, mas não só isso, ela também ficará registrada nas imagens da fotógrafa e artista plástica Gisele Alfaia, e que agora serão mostradas ao público. 

Ao lado de outros 19 artistas, Alfaia participa da mostra ‘Cheia das Artes’, que inaugura sob a curadoria de José Carlos Pinheiro, neste sábado (15), às 15h, na Casa das Artes, localizada no Largo de São Sebastião, no Centro. O lugar funciona de terça-feira a domingo, das 15h às 20h, com entrada gratuita. Não é necessário agendamento. A mostra “Cheia das Artes” fica em cartaz até o dia 6 de março. 

“A cheia na verdade é uma situação trágica, só de pensar nos comerciantes impedidos de trabalhar já é algo horrível. Contudo, decidi optar pela minha visão do belo, encontrá-lo mesmo na tragédia. Como trabalho muito a questão dos reflexos na água em minhas fotografias, não quis fugir dessa temática e acho que capturei bem a essência do momento na hora em que a moto passou pelas águas da cheia”, comentou Gisele, ressaltando que a situação foi perfeita para ela expressar a beleza plástica de uma situação caótica.

A exposição

A exposição vai reunir obras em diversas técnicas, estilos e linguagens visuais, como pintura, desenho, fotografia, grafite, arte digital, vídeo e poesia. Entre os nomes confirmados estão Alfredo Araújo, Eli Bacelar, Elizabeth Grubinger, Edson Queiroz, Francimar Barbosa, Francisco Barbosa, Fernando Júnior, Gisele Alfaia, Homero Amazonas, Hebe Sol, José Stênio, Mariana Rebouças, Nailson Novato, Raiz, Selma Maia, Sebastiao Cândido e Zeca Nazaré, além de Clínio Roosevelt, de Tefé; Evanil Silva, de Parintins; e Téo Braga, de Itacoatiara.

Segundo o curador José Carlos Pinheiro, a proposta é oferecer um grande acervo de artes visuais sobre a maior cheia histórica do rio Negro, registrada em 2021, para a posteridade.

“O uso das artes para registrar eventos históricos na cidade deixou muito a desejar, principalmente na época da Belle Époque. Hoje, 100 anos depois, temos pouco material referente ao período, imaginem só o quanto perdemos”, comenta o curador. “Não podemos voltar ao passado para corrigir o erro, mas podemos nos preparar para o futuro”. 

Protocolos 

Nos espaços administrados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa são exigidas a apresentação da carteira de vacinação na entrada, uso de máscara, medição da temperatura e distanciamento entre pessoas de 1,5 metro.

Os equipamentos passam pelo processo de sanitização e tem totens de álcool em gel em pontos estratégicos. As equipes também são treinadas para garantir o cumprimento dos protocolos de segurança e evitar qualquer tipo de aglomeração.

 

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