Cartórios do AM registram mais de 270 órfãos de Covid até seis anos de idade

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Crianças do abrigo Abrigo Nosso Lar - Sociedade Cristã Maria de Jesus brincam na área externa do abrigo.O abrigo é para menores socialmente abandonados que acolhe crianças entre 0 e 3 anos, enviadas pela vara da Infância e Juventude de Brasília.Nosso Lar tem capacidade máxima para setenta institucionalizados com faixa etária de 2 aos 3 anos e está localizado no SAIS, Lote C, Núcleo Bandeirante - CEP: 71.737-000FONES: 3301.1120/3301.3244 FAX: 3301.3244

Ao menos 271 crianças de até seis anos de idade no Amazonas ficaram órfãos de um dos pais vítimas da Covid-19 entre 16 de março de 2020 e 24 de setembro deste ano. Os dados foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos Cartórios de Registro Civil do Amazonas desde 2015, ano em que as unidades passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento das crianças recém-nascidas em todo o estado.

Os números levantados pela Associação dos Notários e Registradores do Estado do Amazonas (Anoreg/AM), por meio do Portal da Transparência do Registro Civil, (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), detalham que, além disso, oito pais faleceram antes do nascimento de seus filhos, enquanto duas crianças, até a idade de seis anos, perderam pai e mãe vítimas da Covid-19.

“É um número parcial, mas que mostra mais um impacto causado pela pandemia no nosso estado, constatado por meio da parceria dos cartórios com a Receita Federal para a emissão de CPF nas certidões de nascimento dos recém-nascidos. Também é mais um dado que auxilia os poderes públicos no direcionamento de ações no âmbito local e nacional”, explica Leonam Portela, presidente da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Amazonas (Arpen/AM) e diretor de registro civil da Anoreg/AM.

Já no Brasil, no mesmo período, ao menos 12.211 crianças de até seis anos de idade ficaram órfãs de um dos pais vítimas da Covid-19.

Segundo os dados levantados pela Arpen-Brasil, 25,6% das crianças de até seis anos que perderam um dos pais na pandemia não tinham completado um ano. Já 18,2% tinham um ano de idade, 18,2% dois anos de idade, 14,5% três anos, 11,4% quatro anos, 7,8% tinham cinco anos e 2,5% , seis anos. São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná foram os estados que mais registraram óbitos de pais com filhos nesta faixa etária.

Os dados de nascimentos, casamentos e óbitos estão disponíveis no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Arpen-Brasil, cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

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