A rotina de drinks da Rainha Elizabeth II da Inglaterra sempre foi de conhecimento público. Porém, na semana passada, uma brusca alteração no dia a dia da monarca foi recomendada pelos médicos. Elizabeth, que costumava ter diferentes drinks específicos para cada momento do dia, foi aconselhada a largar o hábito de tomar um martini noturno, pois isso a faria se apresentar na melhor forma possível para os seus próximos compromissos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que, atualmente, cerca de 2,3 bilhões de pessoas consomem algum tipo de bebida alcoólica, sendo o consumo médio de 33 gramas da substância por dia. Além disso, a estimativa demonstra que a Europa é o continente com o maior consumo per-capita do planeta.
Para a especialista em nutrição e saúde física, Dani Borges, é importante considerar duas visões diferentes de um mesmo assunto. “Há estudos falando que beber um cálice de vinho por noite pode reduzir em até 18% a chance de sofrer uma morte prematura, mas ainda não há uma conclusão fechada, até porque não é possível isolar o fator somente da bebida”, detalha.
Por outro lado, pesquisadores também acreditam que o consumo de álcool em qualquer idade pode prejudicar a saúde significativamente. “O consumo de álcool a longo prazo vai causando uma certa dependência, mesmo que pouca. Então, os estudos e os médicos preferem desencorajar o hábito”, explica. Dani Borges acredita que o caso da Rainha Elizabeth vai trazer esse assunto para debate novamente, já que a rainha, mesmo bebendo todos os dias, chegou saudavelmente aos 95 anos.
A nutricionista acredita que a melhor forma de ter uma vida mais longeva, continua sendo com a manutenção de hábitos saudáveis como uma boa alimentação e a prática regular de exercícios. “Biologia não é matemática, temos estudos que ainda não são conclusivos e temos outros estudos que ainda vão ser feitos”, opina. Borges chama atenção para o consumo da substância por pessoas com fatores de risco. “Indivíduos com sobrepeso, com alguma patologia ou síndrome metabólica têm que tomar cuidado, porque o álcool pode ser pior para esse estado de saúde. É importante ter o acompanhamento de um médico e de um nutricionista”, alerta.