O FBI identificou Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, de Bethel Park, Pensilvânia, como o principal suspeito da tentativa de assassinato do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, durante um comício de campanha. Segundo a polícia americana, ele agiu sozinho e não há indícios de problemas de saúde mental.
Crooks foi morto pelo Serviço Secreto poucos segundos após disparar tiros contra o palanque onde Trump discursava em Butler, Pensilvânia, no sábado. Um participante do comício morreu e outros dois ficaram gravemente feridos. Trump foi atingido na orelha.
Registros eleitorais indicam que Crooks era um republicano registrado e a eleição de 5 de novembro seria a primeira em que ele teria idade suficiente para votar em uma eleição presidencial. Aos 17 anos, ele fez uma doação de 15 dólares para a ActBlue, um comitê que arrecada fundos para políticos democratas, direcionada ao Progressive Turnout Project, que incentiva a votação dos democratas. Até o momento, os grupos não comentaram o ocorrido.
O pai de Crooks, Matthew Crooks, de 53 anos, informou à CNN que está buscando entender os eventos antes de se pronunciar publicamente. Em Bethel Park, a polícia bloqueou as ruas ao redor da casa dos Crooks.
Mary e Stanley Priselac, vizinhos dos Crooks, expressaram choque com o incidente. “Nada acontece na rua, todo mundo cuida da própria vida”, disse Stanley, de 72 anos. Mary, de 67 anos, acrescentou que nunca houve problemas com armas na vizinhança e se questionou sobre o que levou Crooks a esse extremo.
Aluno premiado
Thomas Crooks se formou em 2022 na Bethel Park High School, conforme comunicado do Bethel Park School District à WJET-TV, afiliada local da ABC. O distrito escolar está cooperando plenamente com a investigação policial e, por isso, não divulgou mais informações.
Crooks recebeu um “prêmio estrela” de 500 dólares da Iniciativa Nacional de Matemática e Ciências, conforme o jornal Pittsburgh Tribune-Review. Um vídeo da cerimônia de formatura de 2022, mencionado pelo New York Times, mostra Crooks recebendo seu diploma de ensino médio. A autenticidade do vídeo não pôde ser verificada pela Reuters.
As autoridades de segurança informaram que Crooks não carregava identificação no local do tiroteio, sendo necessário identificá-lo por outros métodos. “Estamos analisando fotografias neste momento e tentando confirmar sua identidade por meio de DNA e biometria”, disse Kevin Rojek, agente especial do FBI, em uma coletiva de imprensa.