Vacina da dengue protege contra formas graves da doença 

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Febre elevada, dores musculares intensas, dor de cabeça, náusea, vômito. Esses são os sintomas mais comuns da dengue, doença endêmica no Brasil, que tem como principal vetor de transmissão a fêmea do Aedes Aegypti. Além de combater os focos de criação do mosquito, outra forma de se proteger contra a doença, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, é apostando na vacinação.

Há sete anos disponível exclusivamente pela rede privada de saúde, a Dengvaxia já ajudou a proteger e salvar milhares de vidas, especialmente em locais onde a doença é recorrente, visto que um mesmo indivíduo pode contraí-la mais de uma vez. O imunizante pode ser aplicado em crianças a partir de seis anos de idade, adolescentes e adultos de até 45 anos que já tenham tido dengue pelo menos uma vez, conforme indica a Sociedade Brasileira de Imunizações (SbIm).

“Como existem quatro sorotipos de vírus da dengue. Quando a pessoa é contaminada, fica imune àquele tipo específico, por exemplo o DEN 1. Mas pode contrair novamente a doença pelo DEN 2, DEN 3 ou DEN 4, e assim sucessivamente. A cada contágio, a chance de agravamento é maior. Já a vacina, protege contra todos os sorotipos”, explica a responsável técnica pelo serviço de vacinas do Sabin em Manaus, enfermeira Gueine Cavalcante. Na capital, o Sabin Diagnóstico e Saúde oferece a vacina para a população desde janeiro do ano passado, em sua unidade no Vieiralves.

Eficácia

Segundo a SBIm, a Dengvaxia previne cerca de 65,5% dos casos gerais de dengue, evita 93% dos casos mais graves e reduz em 80% as internações pela doença. Diante da alta nas notificações, a vacina se torna ainda mais indicada para prevenção da doença. Conforme o Ministério da Saúde, houve um aumento de 43,8% dos casos até março deste ano, quando comparado a igual período anterior. Em 2022, nesse intervalo de tempo, foram notificados 209,9 mil casos prováveis de dengue. Já em 2023, o número saltou para 301,8 mil.

No Amazonas, foram registrados, em 2022, 5,4 mil casos de dengue. Já em 2023, somente no período de janeiro a março, esse número ultrapassou a casa dos 4,8 mil, conforme dados da Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).  Neste cenário, de acordo com a responsável técnica pelo serviço de vacinas do Sabin, manter a cobertura vacinal contra a dengue atualizada é essencial. Gueine Cavalcante informa que os interessados podem fazer a solicitação diretamente na unidade, por ordem de chegada. “É necessário que a pessoa já tenha tido a doença anteriormente (comprovação em exame ou termo assinado pelo paciente) e que esteja na faixa de até 45 anos (acima disso apenas com solicitação médica)”, salienta.

A Dengvaxia é aplicada no esquema de três doses, com intervalo de seis meses entre as aplicações. Ela é contraindicada para: pessoas imunodeprimidas; que tenham alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes; gestantes; lactantes e pessoas sem contato prévio com o vírus da dengue (soronegativos).

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