Nesta sexta-feira, dia 27 de agosto, é comemorado o Dia do Psicólogo, e sabemos o quanto esse profissional se tornou essencial e indispensável principalmente na pandemia. A preocupação com o cuidado emocional já existia, mas por muito tempo o tema foi tratado como um tabu. Agora, devido ao misto de emoções que a quarentena e o isolamento social provocaram desde o início de 2020, escancarou-se a necessidade de cuidar da saúde mental, traumas e angústias do dia a dia. A Amparo Saúde, healthtech referência em cuidado humanizado e prevenção de saúde no Brasil, registrou um aumento expressivo na busca por consultas com psicólogos em 2021. Até agosto, a empresa já realizou 92% do número de atendimentos de 2020, e quer incentivar a população a procurar mais ajuda profissional.
Os dados do mercado infelizmente são alarmantes. A OPAS (Organização Pan-americana de Saúde), divulgou, em agosto de 2021, que 60% da população sofre de ansiedade e depressão nas Américas – alertando para uma crise de saúde mental na região. Entre os motivos desse agravamento estão alguns sentimentos que muitas pessoas já viveram ou presenciaram em alguém próximo no último ano: medo da morte, medo de perder um ente querido, a insegurança econômica, o receio de perder o emprego, o isolamento social, a fadiga causada pelas reuniões online e a preocupação para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
De acordo com o Dr. Lucas Gurgel Tiso, Coordenador Médico da Amparo Saúde, o cuidado integral e preventivo do indivíduo nunca esteve tão em evidência. “O que é rotina para alguns, pode ser distante da cultura de outros. Precisamos mudar a nossa mentalidade de cuidar da saúde apenas quando apresentamos sinais de doença. É preciso se atentar à prevenção, ao cuidado integral, que contempla corpo e mente e nutrição, e então, desta forma, vamos conseguir mudar esse cenário”, explica o médico de família que atua diariamente com equipes multidisciplinares e conta com apoio de profissionais de enfermagem, nutrição e psicologia no auxílio e incentivo às pessoas a cuidarem melhor da saúde física e mental.
Outro estudo , divulgado no mesmo mês, e que comprova a urgência do assunto, foi realizado pelo Departamento de Psicologia da Universidade de Calgary, no Canadá, e avaliou que a depressão e a ansiedade na juventude dobraram em comparação ao período que antecede a pandemia. A pesquisa sugere uma crise global de saúde mental também na juventude, já que 1 a cada 5 jovens tem sintomas de ansiedade clinicamente elevados, e 1 a cada 4 adolescentes no mundo tem sintomas de depressão clinicamente potencializados.
Diante desses dados tão alarmantes, nada mais apropriado que falar do mês que se aproxima e, com ele, a campanha do Setembro Amarelo, essencial para o alerta para a prevenção do suicídio. Criada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Setembro Amarelo chama a atenção para o tema já que, de acordo com dados da campanha, cerca de 12 mil suicídios são registrados todos os anos no Brasil, número que vem aumentando, principalmente entre os jovens. Ainda de acordo com o movimento, mais de 96% dos casos de suicídio estavam relacionados à transtornos mentais.