À frente do Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS), Kathleen Braz tem uma agenda corrida. Entre uma viagem e outra para o interior do estado, a vice-presidente e secretária executiva divide-se entre as diversas ações do Fundo e a rotina familiar com os três filhos e o marido. 

A experiência, contudo, tem sido gratificante. Segundo ela: “É um trabalho que me enche de orgulho, apesar de todos os desafios que temos enfrentado neste período de pandemia”. Na entrevista exclusiva a seguir, Kathleen Braz comenta um pouco sobre representatividade feminina, as ações e os projetos para o futuro do FPS. Confira:

Primeiro, queria que você explicasse pra gente o que faz o FPS. Que tipos de ações vocês realizam e qual a importância para o Estado?

O FPS apoia as entidades sem fins lucrativos. Então, os seus recursos são destinados para projetos que trabalham políticas públicas para crianças, adolescentes, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade social. As principais ações são de apoio financeiro para que essas instituições tenham acesso aos programas de governo. Os principais projetos que nós apoiamos são autossustentáveis, geradores de trabalho, renda e inclusão social e projetos também complementares e suplementares às ações do governo. O fundo de promoção tem essa importância fundamental que é de apoiar tanto os projetos da sociedade civil quanto os projetos das secretarias de que trabalham na busca da equidade social e econômica dos amazonenses.

Quais os maiores desafios do seu cargo à frente do FPS?

Um dos nossos maiores desafios está relacionado a questões da geografia do nosso estado e logística também. Então apoiar projetos que estão em comunidades muitas vezes isoladas tem sido nosso maior desafio. Mesmo com todo esse desafio, hoje nós já estamos presentes nos sessenta e dois municípios, seja com projetos na área social ou no setor primário que é o apoio à agricultura familiar.

Na sua opinião, você acredita que sua atuação como vice-presidente e secretária-executiva do FPS é importante para a representatividade e o protagonismo feminino?

Com certeza. Estar a frente do FPS tem me levado a ajudar, a encorajar e orientar muitas mulheres que estão a frente de associações, cooperativas e instituições que fazem um trabalho importante. Sem falar que a convivência e o conhecimento com outras mulheres têm trazido uma expansão no número de instituições geridas por mulheres.

Como você equilibra o trabalho no FPS e a vida em casa? Como é sua rotina? Você consegue tirar um tempo pra si?

Bom, a gente enquanto mulher sempre consegue um tempinho para fazer muitas coisas. A minha rotina é muito corrida, muito puxada entre a capital e o interior, mas eu acabo conseguindo conciliar sempre. Acordo muito cedo e começo o dia fazendo alguma atividade física. Meu esposo e os nossos três filhos nos acompanham logo cedo pela manhã e aí o dia segue entre a secretaria e os demais afazeres. Normalmente tiro as primeiras horas da manhã para cuidar um pouquinho de mim. E assim a gente vai conseguindo.

Quais ações de destaque o FPS tem realizado recentemente e quais os planos para o futuro?

Atualmente nós temos duas ações principais que o fundo de promoção executa todos os anos. No caso, são dois editais que estão em andamento, um edital do setor primário, onde nós já finalizamos a seleção de 107 projetos na área de agricultura familiar em 49 municípios do estado. E nós estamos também com um edital para o setor social no qual recebemos projetos de entidades sociais. Esse edital do setor social vem com um diferencial em 2022. Até o ano passado, o FPS financiava somente bens de consumo e aquisição de materiais permanentes. Agora, diante de toda a dificuldade do pós-pandemia, o governador Wilson Lima autorizou que o edital também contemplasse propostas nas quais essas instituições prejudicadas poderão pagar suas equipes, para que elas possam realizar suas atividades.