sexta-feira, 26 abril, 2024
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A moda  de luxo consciente da estilista Cris Barros 

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Se você é apaixonada por moda, com certeza já ouviu falar no nome da estilista Cris Barros. Ela  fundou a marca que leva seu nome em 2002 e, desde então, brilha em cada estação do ano. Suas peças são queridinhas entre as mulheres de bom gosto.

A união de um DNA bem definido e a materialização de uma identidade feminina, atemporal e moderna serviu como base para o sucesso da grife. Atualmente, ela comanda um e-commerce e sete lojas próprias – três em São Paulo, duas no Rio de Janeiro, uma em Curitiba e, a mais recente, em Brasília, em Manaus a marca é exclusiva da Casa 40.

Na bagagem profissional de Cris é fruto de muito trabalho. Aos 17 anos, a estilista, que até então era modelo, é formada em desenho de moda pela Universidade Anhembi Morumbi e especializada com mestrado no Instituto Marangoni, em Milão.

Por lá, trabalhou com o estilista francês Stephan Jason, profissional conhecido por ter feito parte da equipe de ninguém menos que Yves Saint Laurent. Quando voltou ao Brasil, integrou o time de Renato Kherlakian, na Zoomp.

Depois de várias conquistas ao longo dos anos ela  desenvolveu uma coleção cápsula para a Riachuello e foi a única brasileira a ter peças expostas na célebre e inesquecível Colette, em Paris.

Em entrevista exclusiva para o Portal W&G , você vai conferir um pouco sobre a estilista, além de curiosidades sobre a trajetória.

1- Quais são as memórias que você guarda do começo da carreira e o que elas influenciam no cotidiano que estamos vivendo? 

São tantas. Lembro do meu mestrado em Milão, quando comecei a trabalhar como estagiária do Stephan Janson. Quando enviei meu portfólio ao Renato Kherlakian (proprietário da Zoomp), ele me respondeu dizendo que, embora tivesse adorado o meu trabalho, naquele momento não havia vaga aberta na área de criação. No entanto, ele estava precisando de alguém com um olho especial para trabalhar com marketing. Eu tinha 23 anos e decidi não deixar passar a oportunidade! Quando decidi finalmente lançar a minha marca em 2002 estava confiante, pois conhecia muito bem a indústria da moda no Brasil. E foi essa confiança e experiência no mercado que me fizeram chegar até aqui. Em ano de pandemia tivemos que nos reinventar, muitas vezes, mas segui confiante que tudo daria certo em meio as adaptações do mercado.

2 – Como define o estilo da marca? E o seu estilo próprio? Eles se encontram em qual momento? 

Trabalho com a paixão e a emoção. Quando crio uma peça, gosto de imaginar que consigo transportar as pessoas para um universo específico. A marca é espontânea, muito feminina e está em constante evolução, no sentido de sempre tentar me superar a cada nova coleção. Me questiono constantemente sobre novas formas, tecidos, conceitos, moodboards e como conservar a minha equipe inspirada. Para manter todos sempre envolvidos, o processo de ir a fundo na construção da linha é muito importante para poder continuar inovando. Felizmente, sei quem sou e do que realmente gosto. Quando estou em uma prova de roupa, sempre me pergunto: gosto mesmo dessa peça? Desejo ter esse item? Para se sobressair, é preciso conhecer a si mesma, caso contrário, você começa a caminhar na direção errada.

3- A sua paixão pela Amazônia rendeu vários projetos, como a parceira com a mulheres ribeirinhas do interior do Amazonas por meio da Casa do Rio. Atualmente existe algum projeto para esta região que foi muito atingida por conta da Pandemia? 

Tenho um carinho enorme pela ONG Casa do Rio e por todas aquelas mulheres maravilhosas e inspiradoras. Eu não poderia deixar de pensar nelas neste momento tão delicado e desafiador que o nosso país está passando.

Apoiar projetos sociais é um dos nossos pilares como marca. Iniciamos nossa parceria com a Casa do Rio em 2016 e desde lá apoiamos a ONG através de varias formas diferentes; criando umas peças a 4 mãos com as artesãs ou, devido a urgência do cenário atual em que iniciativas para ajudar são ainda mais importantes para a comunidade, nós conseguimos viabilizar outras formas de apoiar antecipando a venda de algumas das peças da coleção revertendo 100% do lucro para a ONG. A ideia é divulgar a ONG cada vez mais, capacitar as artesãs e levar outras marcas para trabalhar com elas, ajudando a criar esta ponte para estimular esse trabalho gerando uma cadeia de produção. Em 2021 nos temos vários projetos planejados para continuar inovando na forma de apoiar a ONG ao longo do ano sim! Por exemplo, nos teremos uma live solidária aberta ao público para lançar um novo capitulo da nossa coleção AW21 onde teremos um percentual das vendas das peças revertido para a ONG. E temos também um projeto lindo para o final do ano que não posso divulgar ainda.

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