quinta-feira, 2 maio, 2024
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Ansiosas, mães querem recuperar a forma física logo após a gestação

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A procura do corpo perfeito tem sido a obsessão do momento. A maioria das mulheres vivem procurando dietas, academias, aplicativos de exercícios físicos e procedimentos estéticos. Essa ansiedade em estar em forma também pertence às grávidas. Inclusive na era da internet para quem acompanha as celebridades, quem não se lembra do caso da Influencer Virginia Fonseca, que 20 dias após do parto de sua segunda filha, fez um vídeo mostrando sua barriga chapada.

O Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos afirma que 70 milhões de pessoas no mundo todo sofrem de algum transtorno alimentar em busca das curvas atraentes e perfeitas do corpo, o que aumenta a ansiedade feminina e a procura por procedimentos estéticos como Mommy Makeover. E o brasileiro, vale ressaltar, são os campeões mundiais em cirurgia plástica, de acordo com os dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Em 2022, foram aproximadamente 1,5 milhões de cirurgias.  O país ultrapassou os Estados Unidos e o México, em segunda e terceira posição, respectivamente.

A maioria dos procedimentos são feitos em mulheres e, entre elas, a procura aumenta muito após a gestação, diz a cirurgiã plástica Renata Magalhães. Ele lembra que grande é a procura pelo Mommy Makeover, termo americano está sendo usado para designar uma combinação de procedimentos voltados para mulheres logo após a gestação, sendo que as correções mais comuns ocorrem em mamas, abdômen, coxas, quadris e cintura.

Ela enfatiza que está tudo certo no desejo das mulheres buscarem a cirurgia plástica para retomar sua forma física, mas é importante apenas dimensionar o melhor período. Ela  lembra também que, nesta fase inicial, as emoções das mulheres podem estar mais conturbadas em razão do parto, o estresse inicial com os cuidados com o bebê, com as noites mal dormidas.

“No consultório, procuro ouvir as pacientes com muita empatia e tentar identificar o momento de cada uma. Os primeiros meses da maternidade são um período de adaptações, de muitas mudanças, o que traz muita ansiedade. A cirurgia plástica, neste contexto, pode configurar como uma tentativa de retornar à estabilidade anterior, ao medo do novo. Quando percebo que se trata disso, tento tranquilizar as mães e mostrar que será melhor para elas aguardarem mais tempo”, finaliza.

Renata Magalhães tem recomendado que suas pacientes se dediquem aos momentos iniciais da maternidade, os quais são fundamentais para o fortalecimento do vínculo entre mãe e filho. “A natureza é sábia e providencia mecanismos para que a mulher retorne a sua forma física anterior. “O ideal é que se espere pelo menos seis meses. Mas o ideal é a partir de um ano”, diz.

A médica orienta que, antes deste período, é importante fazer um controle alimentar para que não haja excesso de calorias na dieta, fazer exercícios físicos e aguardar o momento certo. Até o primeiro ano após o parto, complementa, hormônios irão atuar para que o útero desinche, para que se diminua a retenção de líquidos e os outros inchaços. Com a amamentação, além dos hormônios ajudarem na contração do útero, há um gasto calórico importante.

Ela lembra que o período da amamentação é uma fase importante para a criação de vínculo mãe e filho, além de ser importante para a saúde física do bebê, mas muitas mulheres têm deixado de proporcionar esse benefício em nome da estética. A cirurgia de mamoplastia e mastopexia, que fazem correção da mama, não são indicadas no aleitamento materno.

“Não é recomendado fazer um cirurgia de prótese enquanto se amamenta, pois a mama estará cheia de leite, o que pode prejudicar na escolha do tamanho de prótese e a avaliação do cirurgião,  causando sofrimento a mama no pós operatório, inchaço e gerar ainda mais o esticamento da pele”, alerta Renata.  Outro empecilho para a cirurgia da mama – e isto vale para a cirurgia de abdominoplastia – é que o pós-operatório exige a restrição de alguns movimentos, o que atrapalha os cuidados com o bebê.

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