segunda-feira, 29 abril, 2024
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Apesar de raro, câncer cerebral exige atenção para diagnóstico precoce

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O Maio Cinza foi recentemente criado como uma campanha para conscientizar a população sobre os riscos e as características do câncer cerebral. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença corresponde a 2% dos tipos de câncer no Brasil e pode acometer crianças, adultos e idosos. Embora raro, a difícil localização dos tumores pode comprometer a qualidade de vida dos pacientes e impor tratamentos mais complexos.

A Sociedade Brasileira de Patologia (SPB) alerta que não existem medidas definidas para a prevenção específica dos tumores cerebrais, motivo que torna ainda mais importante o diagnóstico da doença em uma fase inicial. A detecção precoce requer atenção a sintomas e sinais como dores de cabeça muito fortes e frequentes, alterações visuais e na fala, crises convulsivas, sonolência, mudanças no comportamento e dificuldade de equilíbrio.

A SBP destaca ainda o papel fundamental do médico patologista na definição do estágio do tumor e das opções de tratamento. Segundo Felipe D’Almeida Costa, vice-presidente para Assuntos Acadêmicos da SBP, é o patologista quem recebe a biópsia neurocirúrgica do paciente e utiliza métodos adicionais, como a imunoistoquímica e os testes genéticos moleculares, para fazer o diagnóstico preciso e estratificar o risco. “Uma vez estabelecido o diagnóstico, o paciente pode ser encaminhado para terapias adicionais, como a radioterapia ou a quimioterapia”, explica D’Almeida Costa.

Ainda, de acordo com o patologista, é primordial que os médicos considerem sempre a possibilidade de um tumor cerebral dentre os diagnósticos de um paciente que tenha sintomas neurológicos. “Na maioria das vezes esses sintomas, sozinhos, não são causados por um câncer, mas é importante que as alterações sejam investigadas de perto”, reforça D’Almeida Costa, que tem a neuropatologia como uma de suas subespecialidades.

Encaminhado para uma equipe multidisciplinar, o paciente poderá ser observado de perto por neurocirurgiões, neurorradiologistas e neuropatologistas, especialistas em reabilitação e outros profissionais que ajudarão a melhorar a qualidade de vida do paciente neuro-oncológico.

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