sábado, 11 maio, 2024
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Artista amazonense Denilson Baniwa fala sobre ancestralidade indígena em podcast

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O Itaú Cultural estreia, em seu site www.itaucultural.org.br e nas plataformas digitais, a terceira temporada do podcast Observe. Um dos desdobramentos da mais recente edição da Revista do Observatório, a série intitulada Arte e cultura: diversificando o debate, reunirá três episódios a serem disponibilizados quinzenalmente. Todos são acerca da ancestralidade, tema que norteia a publicação. Lançada no mês passado, em versão digital, ela traz artigos, entrevistas em vídeo e ensaio artístico, e está disponível no link https://www.itaucultural.org.br/secoes/observatorio-itau-cultural/revista-observatorio/revista-observatorio-perspectivas-ancestralidades-cultural

No primeiro dos três episódios, a performer paraense Rafael Bqueer e o artista visual amazonense Denilson Baniwa compartilham suas reflexões sobre a presença cada vez maior de artistas negros e indígenas em exposições, coleções e eventos culturais no país. Essa participação, embora ainda inicial, vem marcando o cenário das artes visuais brasileiras.

Mediada pela jornalista e doutora em Ciências da Comunicação Rosane Borges, a conversa destaca a importância da diversidade para as produções artísticas no Brasil, com foco na contribuição dos povos indígenas e negros. Bqueer e Baniwa também analisam como os conceitos de arte e cultura vêm sendo revisitados por artistas, curadores e pesquisadores a partir desse olhar.

Os convidados

Rafael Bqueer nasceu em Belém, no Pará, e tem formação pelo curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Pará – UFPA.  É artista multidisciplinar, tem o corpo como suporte de sua pesquisa sobre gênero, escolas de samba e arte drag-themônia na Amazônia. Sua produção se desdobra em performance, vídeo, fotografia, cinema e arte-educação.  Já participou de diversas exposições e premiações nacionais e internacionais, como UóHol”- Museu de Arte do Rio (2020), Against, Again: Art Under Attack in Brazil – Nova York (2020), 8ª Edição da Bolsa ZUM de fotografia/ Instituto Moreira Salles (2020) e Residência Artística AnnexB – Nova York (2019).

Denilson Baniwa é artista indígena nascido em Mariuá, Rio Negro, no Amazonas. Sendo indígena e artista, aponta que seu ser indígena lhe leva a inventar um outro jeito de fazer arte. Acredita que o desafio não está em ocupar posições, mas criá-las, quando as que existem não são satisfatórias. Além de artista visual, é comunicador que tem seus processos artísticos a partir do Movimento Indígena Amazônico e trânsito pelo universo não-indígena. Em sua trajetória, consolida-se como uma referência, ao romper paradigmas e abrir caminhos ao protagonismo dos indígenas no território nacional.

Rosane Borges é jornalista, doutora em Ciências da Comunicação, professora colaboradora do Centro Multidisciplinar de Pesquisas em Criações Colaborativas e Linguagens Digitais, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – COLABOR (ECA-USP) e professora convidada do Diversitas (USP). É articulista da Revista Istoé e autora de diversos livros, como Espelho infiel: o negro no jornalismo brasileiro (2004), Mídia e racismo (2012), Esboços de um tempo presente (2016) e Fragmentos do tempo presente (2016).

Outros

Os demais episódios que integram a terceira temporada do podcast Observe seguem com o olhar sobre esta temática. No dia 1 de agosto, a artista visual Renata Felinto e a mestre em artes Naine Terena conversam com o psicólogo Márcio Farias sobre mediação cultural. O terceiro e último, no dia 15, traz a autora Tamiris Coutinho e a multiartista da moda e da dança Maiwsi Avana. Elas falam sobre a cultura negra periférica como resistência e como mercado. Este encontro é mediado pela jornalista Rayane Moura.

Produzido pelo Núcleo do Observatório Itaú Cultural, o podcast Observe tem todos os seus episódios já estreados disponíveis no site e plataformas digitais do Itaú Cultural. Na primeira temporada, convidados das artes das cenas abordaram o convívio e o tecnovívio durante o isolamento e a institucionalização dos incentivos públicos e privados para o setor. Na segunda, por sua vez, gestores culturais de diferentes lugares do país foram convidados a falar sobre as experiências e aprendizados do setor diante dos desafios da pandemia, seus impactos e transformações.

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