Pergolados, painéis para piscinas, coberturas para área de lazer, móveis e mesmo paredes e telhados. O bambu tem uma série de aplicações na decoração e mesmo na construção civil, mas nem todos sabem que ele deve também passar por tratamento industrial com o objetivo de proteção contra cupins, fungos e outros agentes nocivos.
O alerta é do pesquisador químico Jackson Vidal. “Assim como a madeira, o bambu, por ser um derivado celulósico, deve ser protegido contra o ataque de insetos xilófagos (que se alimentam da madeira) e de fungos apodrecedores para que sua durabilidade possa ser elevada. Para isso, deve receber os chamados preservantes, ou preservativos de madeira, por meio de tratamento industrial”, explica o especialista da Montana Química.
Prático tanto para ambientes externos quanto internos, o bambu na decoração costuma receber muito “contato humano”. Por isso, não é qualquer preservante químico que deve ser utilizado, e consumidores devem exigir das empresas a comprovação de boas práticas adotadas nos seus tratamentos.
“Em casos de materiais nos quais há maior contato físico com humanos, como estruturas, móveis e elementos expostos, o interessado deve questionar se o bambu, no caso, é protegido industrialmente com CCB (Borato de cobre cromatado). O elemento boro, que é o que atua como inseticida, tem baixíssima toxicidade às pessoas e aos animais domésticos, por isso, além de seguro, é considerado também como um agente ambientalmente amigável”, afirma Vidal.
O pesquisador explica e deixa claro que formulações CCB não foram testadas e terminantemente não devem ser recomendadas sob qualquer hipótese para a proteção de madeiras em exposição ao fogo. Porém, apenas comenta que determinadas composições contendo boro, dentro de concentrações específicas, apresentam propriedades ignífugas e que, por vezes, este elemento participa de produtos retardantes de chamas.