O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) enviou para o Amazonas três técnicos para auxiliar na gestão do consumo de oxigênio nas unidades hospitalares de Manaus. Os trabalhos iniciaram neste domingo (31/01) e, durante uma semana, a equipe do BID irá estudar como está sendo o consumo do insumo nas unidades de saúde que estão atendendo pacientes com Covid-19.
A equipe do Banco Interamericano vai atuar, em parceria com os técnicos do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SES-AM), no Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo, na zona leste, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) José Lins, na zona oeste e no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Danilo Corrêa, na zona norte de Manaus.
“A ideia era pegar uma unidade com maior fluxo de pacientes e com duas vias de abastecimento de oxigênio, seja por tanque e por cilindro, como o Platão Araújo, além de outras duas com menor porte, onde em uma o abastecimento é só por meio de tanque e a outra só por meio de cilindro”, explicou Raquel Tapajós, coordenadora do Programa Saúde Amazonas.
A ajuda do BID na gestão do consumo de oxigênio chega em um momento importante. Nesta semana, o Governo do Estado dará início a um trabalho de monitoramento do consumo de oxigênio nas 34 unidades de saúde da capital que estão atendendo pacientes com Covid-19. E a experiência mundial dos técnicos do Banco Interamericano nesse tipo de gestão será fundamental para o Amazonas poder superar a crise no abastecimento do insumo.
“Nosso objetivo aqui é fazer um diagnóstico situacional de como está o consumo de oxigênio dos hospitais, para compatibilizar o fornecimento do oxigênio com o consumo clínico. Para isso, nós precisamos fazer alguns estudos de engenharia para identificar essas melhorias”, explicou Ricardo Reis, um dos técnicos do BID que vieram a Manaus.
Laboratório
Durante toda essa semana os técnicos do BID vão monitorar o consumo de oxigênio nas três unidades de saúde da capital escolhidas para servir de laboratório para esse estudo.
Neste domingo, os técnicos do BID, SES e MS já fizeram uma primeira visita e pequenos testes na rede de oxigênio do Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo e SPA Danilo Corrêa. Durante a semana, eles irão retornar a essas duas unidades e a UPA José Lins para um avaliação mais aprofundada.
Até o fim da semana eles esperam já ter novos parâmetros para o uso do oxigênio na rede de saúde do Estado. “Durante esta semana nós vamos estudar o desempenho da rede de oxigênio nessas três unidades de saúde para sugerirmos novos protocolos de otimização na dispensação de oxigênio e gases medicinais”, afirmou Lúcio Brito, engenheiro clínico e consultor do BID.
A ideia é que esse estudo coordenado pelos técnicos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde, possa ajudar o Amazonas a ter um controle mais efetivo do oxigênio consumido na rede hospitalar e, dessa maneira, ter como adotar medidas para otimizar o consumo, tanto na parte de infraestrutura quanto na atenção direta ao paciente.
“Nossa expectativa é de que a vinda dos técnicos do BID possa nos ajudar a adotarmos melhorias nos procedimentos, que hoje já são executados, para consumirmos de forma mais racional o oxigênio na rede e, assim, evitarmos desperdício”, complementou a coordenadora do Programa Saúde Amazonas, Raquel Tapajós.