terça-feira, 23 abril, 2024
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CEO do Grupo Sabin é uma entusiasta da diversidade e participação feminina nas empresas

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Presidente executiva de um dos maiores players de saúde no Brasil, a farmacêutica-bioquímica Lídia Abdalla iniciou carreira na empresa como trainee, em 1999, e passou por diversos cargos até chegar à posição de hoje, sendo uma das poucas mulheres no país a sentar-se na cadeira de CEO em uma grande corporação. Mestre na área de endocrinologia e ciências da saúde, ela sempre gostou de estudar e acredita na qualificação como diferencial competitivo. Entusiasta da diversidade nas empresas e da luta das mulheres por maior espaço no mercado, nesse papo com o W&G Gente, ela fala um pouco da sua visão profissional e das novidades do Sabin para Manaus. Confira:

W&G – Como é ocupar o cargo de CEO numa grande corporação em um país em que tão poucas mulheres chegam a tal posição? Quais seus principais desafios?

Lídia Abdalla – A desigualdade de gênero é um fenômeno global, que também desafia as empresas no Brasil. Muitas vezes eu fui a única mulher em uma sala de 15 ou 20 presidentes. É quando você percebe a diferença e a desigualdade. Esse é o diferencial do Sabin. Somos maioria também em cargos de liderança.

Neste campo, o desafio é ampliar a representatividade, além das mulheres, dos mais diversos grupos minoritários, tantos nas lideranças como nas diversas áreas da empresa. Além disso, nosso plano é continuar crescendo em todo o país. São desafios que me motivam muito à frente do Grupo Sabin.

W&G – As mulheres podem ocupar mais espaços de liderança no Brasil?

LA – Se estudamos e nos preparamos, estamos capacitadas para cargos de alta liderança nas empresas. Como sempre busquei conhecimento, consegui me posicionar e enfrentar todos os ambientes de maneira leve, forte e determinada.

O Sabin foi fundado por duas mulheres, as bioquímicas Janete Vaz e Sandra Soares Costa, e é uma empresa de alma e personalidade feminina. Do total de colaboradores da empresa, 77% são sexo feminino. Entre os cargos de liderança do Sabin, 74% deles são ocupados por mulheres. No Amazonas, temos ainda mais mulheres: 81,62% dos colaboradores são do sexo feminino e 89,47% dos cargos de liderança são ocupados por elas.

W&G – Qual sua visão sobre a diversidade e como isso funciona no Sabin?

LA – Valorizar a diversidade é dar oportunidade igual a todos. No Grupo Sabin, fomentamos o respeito às diferenças e promovemos discussões para superar preconceitos e crenças limitantes. Temos o Programa de Diversidade & Inclusão que também realiza treinamentos focados na temática e um tradicional bate-papo a fim de propagar o acolhimento na equipe.

Em 2016, o Sabin se tornou signatário dos 7 Princípios de Empoderamento das Mulheres, estabelecido pela ONU Mulheres, sendo um deles o tratamento de todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação

W&G – Como a pluralidade pode contribuir para o crescimento das empresas?

LA – As empresas precisam de um ambiente diverso para crescer, para inovar, para aumentar a competitividade e a produtividade. Uma empresa com mulheres, homens, brancos, negros, convivendo em um ambiente de respeito e liberdade, é mais inovadora, mais criativa, pois os colaboradores sabem que não sofrerão barreiras nas horas de promoções e oportunidades.

W&G – O Sabin está completando dez anos em Manaus. O que isso representa na trajetória da empresa?

LA – Além de investir em tecnologia e inovação para oferecer serviços de medicina diagnóstica de excelência, a empresa está à frente de projetos com o foco na sustentabilidade ambiental e na responsabilidade social. Desde que chegou ao Amazonas, em 2012, por meio de uma expansão estratégica para o norte do país, o Sabin não parou de investir na região. Além da abertura de 12 unidades em Manaus, também ampliamos a atuação do Instituto Sabin, responsável pelo investimento social do Grupo. Entre eles estão: ações de apoio às entidades de assistência a pessoas em vulnerabilidade, instalação de academias ao ar livre e de ludotecas, espaços lúdicos para acompanhamento terapêutico de crianças, adolescentes e famílias vítimas de violência.

W&G – Que inovações o público de Manaus pode aguardar para os próximos dez anos?

LA – Para 2022, o Sabin vai lançar em Manaus a plataforma de saúde integrada Rita Saúde. Em um país onde a desigualdade social é uma realidade, poder democratizar e ampliar o acesso à saúde de qualidade para todos, nos motivou a desenvolver este projeto.

A intenção é facilitar o acesso à saúde, sobretudo para a população que não tem plano de saúde, que hoje são 75% dos brasileiros. Estamos falando de um ecossistema inovador que vai oferecer saúde de forma planejada, a partir de um modelo de assistência estruturado. Queremos tornar a saúde de qualidade mais acessível para a população e contribuir também para a sustentabilidade do setor.

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