quarta-feira, 24 abril, 2024
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Cia. e Produtora Descartável estreia espetáculo sobre rejeições amorosas

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Em um palco ambientado para ser uma espécie de “habitat” dos sentimentos de rejeição, a obra “Descartável – O Espetáculo”, que retrata os relacionamentos contemporâneos, estreia nesta sexta (10), às 20h, no Centro Cultural Barravento (Rua Jonathas Pedrosa, 1166, Praça 14). Trata-se de uma peça performativa a abordar questões inerentes às relações humanas, trazendo uma reflexão sobre as inúmeras pessoas que passam por nossas vidas – e o que fica de nós quando elas se vão. O monólogo, da Cia. E Produtora Descartável, tem como intérprete o ator Daniel Braz, e é dirigida por ele em parceria com Felipe Jatobá.

“Descartável – O Espetáculo” é o segundo trabalho da cia. que está de malas prontas para integrar o circuito nacional. Contemplado pelo Prêmio Feliciano Lana – Lei Aldir Blanc – da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, a peça terá sua estreia com transmissão ao vivo no canal do Grupo Jurubebas de Teatro no Youtube e, em 2022, realizará temporada presencial em São Paulo.

“O espetáculo acontece à sombra de um espectro sentimental que ganha forma humana. Esse espectro conta sua versão de histórias ao vestir a vida de uma pessoa. A partir daí, ele apresenta os conflitos de quem descarta e quem já foi descartado numa relação”, destaca Daniel. , Segundo ele, o processo criativo da trilha é todo voltado às texturas sintéticas, na ideia de manter o limiar da objetificação, de que somos, de fato, “descartáveis”.

“Por isso, grande parte da trilha se mantém em elementos densos, com sintetizadores flutuantes e graves que oscilam. “Variações sonoras ocorrem em momentos específicos do espetáculo (cordas de violoncelo soltas, densas e arranhões, por exemplo) para sempre trazer a narrativa de enfatizar os acontecimentos que são apresentados durante a história, transformando emoções em texturas sonoras. O foco inteiro é voltado às densidades sonoras”, ressalta Braz.

A iluminação da obra remete ao impressionismo e sua forma de derivar o amanhecer. “Entre as referências cotidianas e o surreal da cenografia composta por materiais descartáveis, ambientamos o palco para uma espécie de ‘habitat’ dos sentimentos de rejeição, onde todos em algum momento da vida podem passar por ele. Os figurinos são como peles em decomposição: cada pele conta uma história e a cada escolha um novo personagem entra. São relatos de vidas que acontecem todos os dias e que se encontram nesse ambiente surreal, gelado e provocativo”, pontua Daniel.

A peça é uma versão teatral da performance realizada por Daniel Braz. A performatividade se mantém presente com as interferências do espectador na obra. Foram recolhidos depoimentos ao longo do processo e que serviram de base para a construção dramatúrgica, o que fez a parceria entre Felipe Jatobá e Daniel Braz acender um outro olhar para a narrativa, e ser mais dinâmico e pontual quando se trata de uma pessoa que passa por situações corriqueiras em relacionamentos.

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