sexta-feira, 19 abril, 2024
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Dell Anno Manaus realiza exposição de ambientes com obras da artesã Flor Silva

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Pensar em arquitetura amazônica é pensar em um visual que combine a estética regional, com influências do artesanato indígena, ao visual moderno de uma grande metrópole, ou seja, é pensar em uma arquitetura que reflita a cara e o jeito de Manaus.

Pensando nisso, a Dell Anno Manaus realiza, entre os dias 12 de abril e 12 de maio, a exposição ‘Expressões Amazônicas’, que apresenta ambientes inspirados nas obras da artesã Flor Silva. A exposição conta com a curadoria de sete arquitetos da cidade, são eles: Mylena Bonfim, Claudidia Nerling, Sihame Cruz e as duplas Bia Coimbra e Leo Larcerda, do Studio Arquitetos, e Juliana Frota e Lediane Barbosa, da Duetto Arquitetura.

A ideia, segundo a proprietária da Dell Anno Manaus e organizadora do evento, Gabrielle Assis, é valorizar o artista local, no caso a Flor Silva. “Chamei cinco escritórios de arquiteturas, que são nossos parceiros para fazerem uma curadoria das peças dela nos ambientes”, explicou Gabrielle, ressaltando que a exposição acontecerá de forma presencial e on-line. “Ao longo do mês iremos divulgar diversos vídeos da exposição no nosso Instagram, que é pra quem não puder ir, conseguir acompanhar o evento sem sair de casa”, reiterou.

Reinvenção e valorização

Outro fator que influenciou para a realização do evento foi a pandemia e a quarentena. Gabrielle afirma que, por conta disso, por conta do momento difícil que todos estamos passando, é necessário se reinventar e ajudar o próximo.

“A Flor Silva tem um trabalho lindíssimo, com peças muito bonitas, atemporais e que são carregadas de sentimento e história. Mas, assim como tantos outros, ela também foi muito afetada pela pandemia. Decidimos, então, utilizar nosso espaço para apoiá-la. É nosso papel apoiar o artista e o artesanato local, valorizar nossa cultura e nossa identidade”, defendeu Gabrielle.

Ambientes

Responsável pela Suíte Master, a arquiteta Mylena Bonfim conta que fez sua curadoria e optou por trabalhar com peças de madeira e palha. “Meu objetivo era mostrar que mesmo em um ambiente contemporâneo, esse material, esse tipo de artesanato casa muito bem”, explicou Mylena.

Para a arquiteta Claudia Nerling, que cuidará da cozinha, as linhas retas e os materiais tecnológicos do ambiente receberam muito bem as peças que trazem a ancestralidade da cultura amazonense de Flor Silva. “A cozinha , espaço que ambientei, por si só já é um local especial na casa. Nela, o ambiente se transformou com as fibras e plantas que trazem uma atmosfera de luz e aconchego”, afirmou Claudia.

Lisonjeada pelo convite da Dell Anno, a arquiteta Juliana Frota, da Duetto Arquitetura, conta que já conhecia e admirava o trabalho de Flor Silva. “Nosso ambiente é o Living e como ele estava todo em tons neutros foi muito prazeroso utilizarmos as peças da Flor para dar vida ao ambiente, pois as peças escolhidas por nós são bem coloridas. Trabalhamos também com plantas naturais para composição final”, ressaltou Juliana.

Flor Silva – artesã

Sihame Cruz, que ficou a cargo do closet, conta que é ‘fã’ do trabalho de Flor Silva, e diz que a considera talentosíssima. “Ela apoia, fomenta e divide técnicas com comunidades indígenas. Eu sou uma apaixonada pela cultura do meu estado e acho as peças perfeitamente adaptáveis em um décor moderno e cheio de personalidade. Esse retorno às raizes é motivo de orgulho pra mim como profissional e acima de tudo como amazonense”, destacou.

Já Bia Coimbra, do Studio Arquitetos, afirma que a ideia é valorizar o ambiente: “Queremos expor e mostrar para o público as peças lindas de artesanato local, com sementes, fibras naturais, escamas e madeiras”.

Flor Silva

A artesã Floripes da Silva, de 58 anos, mais conhecida como Flor Silva, transforma elementos que antes seriam descartados em incríveis adornos, como colares, pulseiras, brincos e muitos outros acessórios. E foi trabalhando com insumos naturais da floresta, que Flor Silva transformou seu talento em oportunidade de negócio e se tornou proprietária da empresa Fiore Brasil, que produz e comercializa biojoias em parceria com comunidades indígenas e ribeirinhas do Amazonas.

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