O couro, por si só, é sinônimo de classe e inseri-lo nos projetos residenciais implica em adicionar elegância de forma simples e objetiva. E por ser sempre uma opção, uma vez que não é um material datado – pelo contrário, suas características são sempre valorizadas com o passar do tempo –, ele nunca entrega a sensação de que ‘saiu de moda’. “Considerando a sintonia entre as tendências de vestuários e do design, o couro tem a tenacidade que poucos elementos entregam. Por isso, gosto muito de trazê-lo em nossos projetos”, relata Giseli Koraicho, designer de interiores à frente do escritório Infinity Spaces Arquitetura e Interiores.
De acordo com ela, uma das características mais atraentes do couro é sua versatilidade – tanto por combinar com diferentes estilos decorativos, como também pela possibilidade de estar tanto em mobiliários, como tapetes e outras peças decorativas. A seguir, acompanhe os apontamentos compartilhados pela profissional:
Tipos de couro
Quando pensamos no material, associamos automaticamente ao couro legítimo, oriundo 100% de materiais orgânicos e geralmente de origem bovina. Segundo a designer de interiores, além da beleza ímpar, o entrelaçamento das fibras naturais de colágeno proporciona muito mais durabilidade à sua aplicação.
Outra variedade diz respeito à categoria couro ecológico que, ao contrário do que a terminologia possa nos levar a pensar, também é de base animal. Entretanto, a diferença está no processo de tratamento que utiliza produtos menos poluentes se comparado ao método tradicional. Por sua vez, o sintético é resultado da composição com poliéster, poliuretano ou ainda com policloreto vinílico.
“Invariavelmente, gosto da versão tradicional por sua constância, conforto e a estética impecável. Mas não desvalorizo o ecológico e o sintético que podem sim compor o projeto como uma segunda escolha conforme o orçamento do cliente”, analisa a designer de interiores.
No estúdio realizado pela designer de interiores Giseli Koraicho, a decisão pelo couro legítimo veio de encontro com sua proposta de tornar o dormitório um ambiente arrojado, marcante e acolhedor | Projeto Infinity Spaces Arquitetura e Interiores | Foto: Dotta Photo
Uso do couro com parcimônia
Com seu visual atraente, o couro reúne todos os atributos para se encaixar com outros materiais de diferentes texturas e acabamentos. “Contrastá-lo com tons mais frios, por exemplo, propicia uma atmosfera invernal e aconchegante para espaços como quartos e salas”, opina Giseli. E por ser um elemento marcante, ela ainda sugere a presença do material de forma pontual.
Nesse dormitório que a designer de interiores Giseli Koraicho realizou para um morador deficiente visual, o couro sintético, combinado com outros materiais com texturas e relevos entrara em cena para estimular a sua experiência sensorial | Projeto Infinity Spaces Arquitetura e Interiores | Foto: Dotta Photo
Cuidados e manutenção
Se o couro entrega a promessa de um material longevo, a designer de interiores explica que o morador também precisa cumprir a sua parte nesse processo. “Uma das precauções é tê-lo em ambientes internos e longe da exposição ao sol”, orienta. No cotidiano, é importante manter a limpeza, efetuada apenas com um pano úmido, e promover a hidratação do couro a cada seis meses.
Nesta sala de jantar integrada à sala de estar, o couro marcou presença no assento e encosto das cadeiras. “Como o espaço todo era perpassado por uma decoração mais sóbria e puxada para os tons de cinza, o couro entrou justamente como um diferencial sofisticado”, relembra Giseli. Projeto Infinity Spaces Arquitetura e Inteiores | Foto: JP Image
