A vacinação segue avançando por todo o Brasil, somente no Amazonas, por exemplo, mais de 100 mil pessoas foram vacinadas, dentro do grupo com mais de 40 anos neste fim de semana.
No entanto, muitas dúvidas sobre o assunto ainda continuam surgindo como: Será que já podemos deixar de usar máscara e álcool em gel? E o distanciamento? Será que já podemos sair abraçando quem a gente gosta? A resposta é não. Pelo menos ainda não.
De acordo com a diretora nacional de infectologia do Sistema Hapvida, Silvia Fonseca, devemos continuar com os cuidados até que a população, em sua maioria, esteja vacinada. “As vacinas que temos disponíveis no Brasil são excelentes para diminuir a chance da pessoa se pegar o vírus da covid-19, não ser internado, ou morrer em decorrência da doença. Mas as vacinas não conseguem bloquear a entrada do vírus na pessoa. Então em outras palavras: o vírus pode entrar e fazer uma infecção considerada ‘leve’”.
A médica infectologista ainda explica que os cuidados com a imunização ainda precisam ser levados a sério, e que o momento de vacinação ainda não certifica que todos estão livres do vírus. “Então você já entendeu né? Se a pessoa pode ainda se infectar, ela pode também transmitir para outra pessoa. E como a gente ainda tem muitas pessoas para vacinar em proporção, isso significa que outras podem pegar o vírus mesmo de você que foi vacinado. Então não podemos esquecer de usar ainda o álcool em gel, e nem a máscara, utilizando-a sempre da forma correta (cobrindo o nariz e boca). Lembrando ainda que o momento não está propício para aglomerações e festas. Enquanto todas as pessoas não forem vacinadas, o vírus continua circulando”, alerta.
Eficácia das vacinas
Em síntese, as vacinas contra covid-19 protegem contra as formas graves da doença. Elas protegem você de ir para UTI (Unidade de Terapia Intensiva), de morrer, de ser internado, mas você ainda pode ter uma doença mais leve. Essa é a principal função da vacina, proteger contra formas graves, esvaziar as UTI e evitar mais mortes.
Como já foi dito, a tão esperada ‘volta ao normal’, só será possível depois que mais de 70% da população esteja vacinada e a transmissão da doença diminua.