Ingrid Silva é a estrela de um projeto da grife francesa Christian Louboutin. A bailarina e ativista apresenta ao público a nova sandália Lipqueen e ganha matéria na edição impressa da Harper’s Bazaar americana de dezembro. Segundo a publicação, Ingrid está ajudando a dança a alcançar novos patamares – ela é a primeira bailarina da Dance Theatre of Harlem, companhia de dança conhecida mundialmente por priorizar bailarinos afrodescendentes em seu casting.
Ativista social na luta antirracista, Ingrid fala à Harper’s Bazaar sobre o Blacks in Ballet. Criado em 2020, o projeto visa celebrar e promover a diversidade na dança. “É raro ver bailarinas que se parecem comigo. Destacamos as carreiras de dançarinos negros e criamos workshops para estudantes internacionalmente”, conta à publicação americana.
“Foi muito importante receber o convite para participar deste projeto da Louboutin, uma marca que eu admiro muito. É muito simbólico ser uma bailarina, estar nesse projeto, ser vista em outros aspectos e estar no high fashion, que é algo que admiro e gosto muito”, celebra Ingrid.
Essa é a segunda vez que Ingrid Silva colabora com uma marca de luxo global. Em abril deste ano, a bailarina foi anunciada como a embaixadora da Dior Vibe, linha esportiva da maison francesa.
Bailarina de renome
Ingrid Silva, 34 anos, começou a estudar dança em um projeto social no Rio de Janeiro e, hoje, é a Primeira Bailarina do Dance Theatre of Harlem – companhia de dança conhecida mundialmente por priorizar dançarinos afro descendentes em seu casting. Em 2021, entrou para a lista das 20 Mulheres de Sucesso da revista Forbes Brasil. Também neste ano, palestrou na 14° LEAD Conference na Universidade de Harvard, conferência de empoderamento e desenvolvimento de mulheres latino americanas. Em setembro de 2021 lançou o livro de memórias “A Sapatilha Que Mudou Meu Mundo” pela Editora Globo. Em 2022 foi anunciada como embaixadora da marca global Dior.
Ingrid tem se destacado como uma das grandes vozes de sua geração contra o racismo: ao ganhar a primeira sapatilha no tom de sua pele, em 2019, sua voz ecoou em notícias por todo o mundo. Em 2020, as sapatilhas que costumava pintar no tom de sua pele, ao longo de sua carreira, passaram a integrar o acervo do Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana Smithsonian, nos Estados Unidos.
Em 2017, Ingrid fundou a PodHer NY, entidade sem fins lucrativos que atua como um catalisador social estimulando o diálogo entre mulheres para que rompam os paradigmas impostos pela sociedade e vivam de acordo com a própria verdade. Em 2020, durante as discussões do movimento Black Lives Matter, ela co-fundou o Blacks In Ballet – uma rede digital que funciona como uma biblioteca, cujo objetivo é destacar bailarinos negros no mundo da dança e compartilhar suas histórias.
