Mamoplastia restaura condição estética alterada por mastectomia

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O câncer de mama é uma doença perigosa, que somente em 2022 atingiu 2,3 milhões de mulheres em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No mesmo ano, 670 mil foram a óbito, o que evidencia a necessidade de diagnóstico precoce. O autoexame é o ponto de partida, que deve ter sequência na busca pelo acompanhamento médico adequado.

Quando isso não acontece e o câncer se alastra, um dos recursos inevitáveis pode ser a mastectomia, como é chamada a cirurgia de extração parcial ou total da mama onde está o tumor. “A mastectomia acaba sendo essencial para eliminar a região afetada pelo câncer. Mas realizá-la não é uma decisão fácil, porque nessa balança também pesam consequências físicas e emocionais”, explica o médico Felipe Villaça, cirurgião-plástico que possui uma clínica em Belo Horizonte.

“Mas os impactos negativos da mastectomia não precisam ser o estágio final da vitória contra o câncer. Não basta sair viva dessa batalha, mas perder a autoestima em relação ao próprio corpo. A felicidade de se livrar do tumor também precisa ser manifestada em relação a si mesma. E isso é possível através da mamoplastia, que é a cirurgia de restauração da mama”, explica o profissional.

A cirurgia de restauração consiste em fazer um implante de silicone ou mesmo realizar um enxerto a partir de tecidos retirados das costas ou do abdômen. O procedimento traz resultados bastante precisos, o que, segundo o cirurgião-plástico, faz recuperar a autoestima perdida na mastectomia.

“A restauração através da mamoplastia obedece a alguns pontos importantes, como o tamanho dos seios, a simetria e a estrutura corporal. E tudo isso já representa muito para uma mulher que está em processo de restauração corporal após ter vencido o câncer. É um reencontro consigo mesma, o que também permite redescobrir as emoções afetivas e a autoconfiança”, pontua Felipe Villaça.

Realidade brasileira

O câncer de mama é um problema global, mas também compõe um cenário local que é bastante preocupante. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) pontua que só no ano passado foram diagnosticados 73.610 novos casos de câncer de mama – quantidade próxima à projeção anual de 74 mil novos diagnósticos previstos entre 2023 e 2025.

Essa quantidade ajuda a explicar por que, somente no ano passado, 15.768 mulheres tenham sido submetidas à mastectomia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme aponta o Instituto Nacional do Câncer (Inca). “Se cada mulher que passou pela experiência da extração da mama entendesse o quanto a mamoplastia tem o poder de recuperar aquilo que elas perderam na luta contra o câncer, tanto física quanto psicologicamente, muitas encarariam a mastectomia como parte do processo”, afirma o cirurgião-plástico.

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