sexta-feira, 17 maio, 2024
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Mulheres mais jovens não sabem fazer o autoexame das mamas, diz estudo

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Em outubro, todos os holofotes se voltam para o câncer de mama. Trata-se da campanha Outubro Rosa, iniciativa poderosa, que joga luz sobre a luta contra a doença e a importância da sua prevenção. E, a respeito do tema, o mais recente estudo da Famivita constatou que principalmente as mulheres mais jovens desconhecem como se faz o autoexame das mamas, com 57% revelando não saberem realizar o procedimento.

Outro dado que impressiona é que, nessa mesma faixa etária, elas apontaram não conhecer nenhum sintoma da doença, posto que 33% das entrevistadas afirmaram isso. Por comparação, quando se trata, por exemplo, das mulheres com 50 anos ou mais, esse número cai para 11%. E o sinal de câncer mais conhecido pelas participantes do estudo foi o caroço endurecido, fixo e indolor, dado que 65% delas ressaltaram ter ciência relacionada a essa questão.

Uma informação interessante também destacada pelo estudo é que entre as mulheres que estão tentando engravidar, pelo menos 36% não têm ciência sobre como se realiza o autoexame. Por outro lado, 32% das mulheres sem filhos não conhece nenhum sintoma do câncer de mama, comparado com 26% daquelas com filhos.

Os dados por estado demonstraram que no Amapá é onde a maioria das entrevistadas sabe fazer o exame das mamas e que as mulheres devem proceder com a mamografia a partir dos 50 anos, a cada dois anos, ou seja, que o exame deve virar rotina a partir desse período – como preconiza o Instituto Nacional do Câncer (Inca). No Distrito Federal e em São Paulo, 61% e 62% das participantes, respectivamente, sabem fazer o autoexame das mamas. Já no Rio de Janeiro e em Alagoas, 70% e 69%, respectivamente, afirmaram ter ciência que a mamografia precisa ser feita a partir dos 50 anos.

Também conhecido como neoplasia, o câncer de mama é caracterizado pelo crescimento de células cancerígenas nessa região e, de acordo com o Inca, é o segundo tumor mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de pele, e o primeiro em letalidade. O diagnóstico precoce é fundamental para as chances de recuperação das pacientes, ou seja, quanto mais cedo ele for detectado, maior é o potencial de cura.

Fazer campanha funciona?

É, de fato, muito importante falar sobre o câncer, especialmente se lembrarmos que no Brasil de 20 anos atrás, por exemplo, muita gente nem pronunciava essa palavra, tal era o medo que existia ao redor da doença. Por todo preconceito que envolve a enfermidade, mesmo nos dias atuais, ainda há quem prefira esconder que tem, o que pode atrapalhar bastante o tratamento.

E um artigo científico publicado em setembro na revista Public Health in Pratice, intitulado Does Pink October Really Impact Breast Cancer Screening? (“O Outubro Rosa realmente causa impacto nas mamografias?” – em tradução livre), apontou os resultados da campanha de prevenção do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho revelou que o número de mamografias aumenta em 33% em outubro – e permanece em alta nos meses seguintes (39% em novembro e 22% em dezembro), corroborando que as campanhas deveriam ser mais constantes, especialmente em nosso país, onde 40% dos casos só são diagnosticados em fase já avançada.

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