Os riscos de sagramento nasal durante o verão Amazônico

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por Álvaro Siqueira*

O sangramento nasal quando tem origem nas fossas nasais é chamado de EPISTAXE, podendo ocorrer nas diversas faixas etárias e ter causas diferentes. Nos meses onde a temperatura aumenta consideravelmente no nosso estado, os cuidados devem ser redobrados para prevenção das epistaxes, pois o calor intenso nos incentiva a permanecer em ambientes com ar condicionado por tempo prolongado, praticar exercícios ao ar livre, fazer programas de lazer como mergulho em rio, igarapés e passeios em flutuantes expostos à luz solar intensa.

As inflamações da mucosa nasal devido à gripe, rinite, sinusite também podem causar sangramentos pelo nariz, além da manipulação indevida com as unhas e uso indiscriminado de remédios para desentupir o nariz. Nas crianças menores devido à fragilidade dos vasos, a epistaxe é bem comum e causa preocupação dos pais, bem como na população acima dos 50 anos e idosos com pressão arterial alta, devido ao uso irregular dos anti-hipertensivos ou dieta rica em sal.

As orientações médicas do otorrino vão desde medidas comportamentais, evitando todas as situações acima citadas, manter o nariz sempre hidratado, podendo usar soro fisiológico de forma regular, até medidas iniciais como manter a pessoa que está sangrando calma, na posição sentada preferencialmente, fazer compressão nasal com os dedos como se fosse um pregador e respirar pela boca, compressa gelada sempre protegida por um pano fino, para que o gelo não cause queimadura da pele. Lembrar que nas pessoas com mais idade, é válido sempre aferir a pressão arterial. Evite usar borra de café, andiroba ou qualquer outra substância, pois não irão ajudar a cessar o sangramento.

Nos casos que já foram feitas todas as medidas caseiras e mesmo assim a pessoa continua com o sangramento, o conselho é procurar ajuda médica, ir ao pronto-socorro, pois a perda contínua de sangue pode trazer prejuízos sérios à saúde. Faça um acompanhamento especializado com o otorrino para identificar e tratar as causas e evitar a epistaxe.

Álvaro Siqueira – Otorinolarinologista

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