sábado, 4 maio, 2024
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Pesquisa mostra os motivos que mais provocam ansiedade nas mulheres

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A Zero Barreiras Psicoterapia Online realizou uma pesquisa com 58 psicólogos da sua equipe para avaliar as constatações sobre a ansiedade em mulheres que fazem terapia, ou seja, com base em relatos de pacientes, buscou apontar os diversos motivos que estão provocando e entre eles, quais seriam os mais causadores dos problemas emocionais que afetam o público feminino. Entre os 58 respondentes, 67,2% consideram que sim, a ansiedade atinge mais as mulheres do que os homens e para a maioria, as casadas sofrem mais com ansiedade do que solteiras ou mesmo mães solteiras.

Dentre os principais motivos elencados por mulheres que sofrem com ansiedade, com relação a questões ligadas ao trabalho, o principal motivo apontado foi a sobrecarga de tarefas no trabalho. Em seguida, em ordem de importância do mais importante fator para o menos impactante, vieram: desemprego, ganhar menos do que gostaria ou necessita, medo de perder o emprego, sentimento de inferioridade no trabalho, insatisfação com chefes/ gestores, e falta de tempo para estudar/aprender mais.

O questionário trazia um espaço em que os psicólogos podiam acrescentar comentários sobre as alternativas de motivadores propostos e alguns acrescentaram observações, como: “Há uma ansiedade por desempenho: como a mulher se vê e como gostaria de ser vista, uma espécie de auto exigência com performance”, disse um dos entrevistados. “A forma como a mulher é desvalorizada e julgada pela sociedade em relação à maternidade e ao ambiente profissional é um forte gatilho emocional”, disse outro (a) psicólogo (a). “Percebo muita ansiedade por se cobrarem demais. Esse mundo que busca muita produtividade, tem feito com que elas busquem ser produtivas o tempo todo e em todas as áreas da vida. E automaticamente se enxergam fracas se não produzem, se não se sentem úteis! É o que mais vejo nas sessões”.

Com relação às tarefas domésticas, a maior parte respondeu que ter pouca ou nenhuma divisão de tarefas domésticas com companheiro é mais estressante do que ter pouca ajuda dos filhos.

Já com relação à saúde, a preocupação com a saúde dos filhos é a mais causadora de ansiedade. Em seguida, vem a preocupação com cuidados e a saúde dos pais, depois com a própria saúde por ir menos ao médico do que gostaria por falta de tempo e por fim, entra a preocupação com a saúde do companheiro. “A pandemia e o medo da morte foram muito reais, estiveram presentes em muitas famílias e foram um dos principais motivos de ansiedade nos últimos dois anos”.

Outro tema pesquisado foi o relacionamento. O principal motivo desencadeador de ansiedade em relacionamentos, é quando existe preocupação ou sofrimento com o comportamento do companheiro por violência doméstica, em seguida por uso excessivo de álcool ou outros substâncias psicoativas, na sequência, em ordem de importância, estão: forma com que o (a) companheiro (a) se relaciona com outras pessoas, provocando ciúmes ou insegurança; preocupação com a aceitação por questões estéticas do corpo e por último, preocupação com o trabalho do companheiro, pelo medo de que ele (a) venham a perder o emprego.

Com relação à família, a questão que para a maior parte dos entrevistados é o principal motivador da ansiedade é a preocupação com o comportamento dos filhos. Em seguida vem a preocupação com a educação dos filhos.

Por fim, foi perguntado com relação ao tema Sociedade. A principal causa de ansiedade é o medo de violência urbana para a maior parte dos psicólogos. Em seguida, estão medo de assédio sexual e por último, a preocupação com a política do país em que vive. Um dos entrevistados pontuou: “As mulheres adoecem por não falar e lutar pelo que desejam, por se sentirem submissas ou oprimidas”, relatou. “Frustrações por estarem em famílias que projetam muitas coisas para a pessoa e ela não consegue alcançar, é muito recorrente. Geram questões de insegurança e sentimento de impotência pessoal. Além disso, medo do futuro, medo de ficar sozinha, tanto em questão de relacionamentos, quanto de amizades também são pontuados por nossas pacientes”.

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