O objetivo é promover uma aproximação acadêmica com a prática social das instituições que atuam com as políticas socioeducativas, e facilitar espaços para debate crítico e construção coletiva de soluções em favor do aprimoramento da política de socioeducação no Amazonas.

“Serão dois dias de discussão voltados para o atendimento desses adolescentes em nossos equipamentos. Temos trabalhado muito a questão da criança e do adolescente em nossos Centros de Referência Especializada de Assistência Social e o simpósio é de suma importância para que possamos discutir, de forma coletiva, maneiras de evoluir e aprimorar o atendimento a esse público”, explicou a diretora de Área de Gestão do Sistema Único de Assistência Social (Suas) da Semasc, Lorena Barreto.

Uma das coordenadoras do evento, a professora Maria Nilvane Fernandes destacou que, além de levantar discussões dentro das pesquisas já realizadas pela Ufam, o evento também busca, na prática, elaborar estratégias de parceria com os órgãos que trabalham com os sistemas de Justiça, prisional, instituições de acolhimento e, especialmente, o sistema socioeducativo.

“A ideia é que possamos articular as discussões no âmbito acadêmico, repensar as atividades realizadas nessas instituições e abrir espaço para que os acadêmicos se insiram nesses locais”, destacou a professora.

“Com a promoção de processos de educação, de capacitação e treinamento ao longo dos últimos quatro anos, por exemplo, temos conseguido propiciar uma vida melhor a esses jovens custodiados e reinseri-los na sociedade de maneira mais agradável”, ressaltou o secretário de Estado de Administração Penitenciária (Seap), coronel Paulo César Gomes.

O titular da Vara de Execução de Medidas Socioeducativas, o juiz Luiz Cláudio Chaves, ressaltou a importância do debate e de uma integração das redes não apenas como “uma conquista do sistema socioeducativo”, mas como um fator de extrema importância para a segurança pública do Estado.

“Além de sanarmos uma incompreensão muito grande da sociedade no que diz respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente, principalmente na área infracional, podemos até, a partir daqui, avaliar práticas que atendam à demanda da sociedade por segurança, uma vez que quando o jovem sai do caminho da criminalidade, isso também contribui com a segurança pública”, finalizou.

O simpósio é direcionado a acadêmicos, docentes e profissionais do sistema socioeducativo do Amazonas, e conta, na comissão organizadora, com órgãos da rede de atendimento de adolescentes em conflito com a lei como o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM); a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), dentre outros parceiros. A programação do evento continuará na quarta-feira, 10/8, com a realização de mesas de discussão e oficinas.