quarta-feira, 15 maio, 2024
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Projeto promove educação empreendedora e tecnológica para indígenas e ribeirinhos

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O empreendedorismo sustentável é peça fundamental para melhorar a qualidade de vida das populações que habitam a Amazônia. Pensando nisso, o projeto Tarrafa – Educação Voltada ao Empreendedorismo, realizado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) em parceria com a Samsung, tem auxiliado jovens indígenas e ribeirinhos do Amazonas no desenvolvimento de protótipos de negócios inspirados na realidade local.

Neste mês, 15 alunos beneficiados pelo projeto participaram, em Manaus, de um evento de imersão que colocou em prática as técnicas aprendidas nas atividades realizadas em campo.

Os participantes são de quatro Núcleos de Conservação e Sustentabilidade (NCS’s) abrangidos pelas ações do Tarrafa. São eles: Agnello Bittencourt, localizado na comunidade Tumbira; Assy Manana, na comunidade Três Unidos; Márcio Ayres, na comunidade Punã; e Bertha Becker, na comunidade Campina.

“Ao longo do ano, eles receberam diversas oficinas de educação empreendedora e tecnológica, sobre assuntos como startups, prototipação de produtos e ideias, marketing e redes sociais, entre outros. Já no evento de imersão vivenciaram a prática desses conteúdos em contato com profissionais da área”, explica o coordenador de projetos do Programa de Educação para a Sustentabilidade da FAS, Amandio Oliveira.

A maratona de capacitação, promovida pelo Samsung Ocean, ocorreu em cinco dias, somando 40 horas de programação. No último dia de evento, os alunos foram divididos em três equipes e participaram de uma competição, realizada na estrutura do Impact Hub Manaus, com o objetivo de identificar um problema, desenvolver um produto potencial para atender à demanda encontrada e realizar a apresentação da ideia.

Empreender na floresta

Além de promover geração de renda, incentivar o ecossistema de empreendedorismo nas comunidades locais é um dos caminhos para a conservação da Amazônia, região que concentra a maior sociobiodiversidade do planeta, mas que sofre historicamente com o desenvolvimento predatório. Os chamados negócios de impacto – aqueles que buscam resolver questões sociais e/ou ambientais além da obtenção de lucro – são relativamente novos no cenário brasileiro, mas já despontam como solução para ajudar a manter a floresta em pé.

O projeto Tarrafa, cujo nome faz referência à rede de pesca dos ribeirinhos e à habilidade necessária para manejá-la, tem a proposta de mapear, unir e aprimorar ideias e soluções inovadoras para desafios regionais, além de oferecer as ferramentas necessárias para que os participantes possam trilhar uma jornada empreendedora completa.

A iniciativa é desenvolvida com atuação local nos quatro Núcleos de Conservação e Sustentabilidade envolvidos, gerando engajamento comunitário para encontrar jovens com habilidades para gestão de negócios, apresentação de produtos e serviços, relacionamento com clientes e comercialização.

Por meio da oferta de capacitações, o projeto visa estimular a criação de produtos e de empreendimentos inspirados na realidade das comunidades, reunindo potencial de inovação e conhecimento tradicional.

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