por Thiago de Jesus Bacha
A Rabdomiólise é uma síndrome clínico-laboratorial que decorre da destruição de células musculares esqueléticas, com liberação de substâncias intracelulares para a circulação sanguínea, o que pode provocar danos em alguns órgãos do corpo humano, principalmente nos rins, fazendo com que o paciente urine sangue, escurecendo a urina, por isso conhecida popularmente como ‘’doença da urina preta’’.
Ela pode ser causada por consumo excessivo de álcool ou medicamentos, traumas, picada de animais peçonhentos, excesso de atividade física, infecções bacterianas e ingestão de alimentos contaminados por toxinas.
Foram diagnosticados casos de Rabdomiolise associados à doença de Haff, que é causada pela ingestão de peixes e crustáceos, em pelo menos em sete estados brasileiros e a maioria dos casos foi diagnosticada no Estado do Amazonas.
No período entre agosto e setembro deste ano foram notificados mais de 60 casos, que ocorreram em diversos municípios, como Silves, Borba, Manaus, Parintins, Caapiranga, Autazes, Maués, Manacapuru e Itacoatiara, todos confirmados pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS). Vale lembrar que o Amazonas está passando pelo terceiro surto de Rabdomiólise, o primeiro surto ocorreu em 2008, com 27 casos, e o segundo em 2015, com 74 casos confirmados.
Os principais sintomas são: dores musculares, dificuldade de urinar, urina escura, fraqueza, dor no tórax, palpitações, boca seca, náusea, vômito, mal-estar, falta de ar e febre.
Quando comparamos o número de casos de Rabdomiólise com o número de pessoas que consumiram peixes neste mesmo período, percebemos que é ínfima a quantidade de infectados, porém, não menos preocupante. Qualquer situação que coloque em risco a saúde da população necessita ser investigada.
É essencial que as pessoas mantenham-se hidratadas, para proteger os rins, e que, ao perceberem o início dos sintomas, procurem imediatamente o posto médico mais próximo para o diagnóstico e tratamento precoce.
