No complexo cenário político do União Brasil no Amazonas, a disputa pelo controle do partido envolve uma série de reviravoltas e decisões judiciais. Recentemente, o governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou, através da rede social X, que assumirá a presidência da Comissão Provisória do União Brasil no estado, indicado pela Executiva Nacional do partido. Essa designação é crucial para a realização da convenção que determinará o próximo presidente da sigla.

Em agosto de 2023, a juíza Acácia Regina Soares de Sá, da 23ª Vara Cível de Brasília, suspendeu a convenção que oficializaria a eleição de Wilson Lima para a presidência do partido no estado. Essa medida foi uma resposta à ruptura entre Wilson e o ex-deputado federal Pauderney Avelino, que ocorreu após a convocação relâmpago realizada por Pauderney em abril, visando manter-se no cargo.

A decisão judicial fundamentou-se no estatuto do União Brasil, destacando que o presidente Luciano Bivar não poderia convocar unilateralmente a Convenção Estadual no Amazonas sem a prévia designação da Comissão Provisória Estadual.

A disputa judicial ganhou força em maio de 2023, quando o juiz José Renier da Silva Guimarães suspendeu uma convenção que reconduziu Pauderney ao cargo, atendendo ao pedido de nove filiados ligados ao governador, incluindo dois deputados federais e cinco dos seis deputados estaduais da sigla. O grupo apontou irregularidades, como a falta de ampla divulgação e de quórum mínimo.

Após as decisões judiciais, o presidente Luciano Bivar anunciou a criação de um diretório provisório para responder pelo partido no Amazonas até a nova convenção. Em agosto, a Executiva Nacional convocou os filiados para a convenção, mas um grupo ligado a Pauderney, incluindo ACM Neto, David Alcolumbre, Efraim Filho e Mendonça Filho, ajuizaram um mandado de segurança na Justiça do Distrito Federal, alegando que a convocação feita por Bivar era “ilegal”.