terça-feira, 7 maio, 2024
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Chloé mixa flores, sustentabilidade e a bateria da Mangueira no desfile em Paris

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Consciência ambiental e social, uso de matéria prima sustentável, parcerias com projetos sociais diversos e um olhar atencioso a tudo que é feminino são marcas que a diretora criativa Gabriela Hearst imprimiu em todas as suas coleções desenhadas para a Chloé. E não foi diferente na do verão 2024, que chega às lojas da marca no Shopping Cidade Jardim e no Shops Jardins em março do ano que vem. Apresentada na tarde desta quinta (28/09), em Paris, ela encerra um ciclo de três anos de Gabriela à frente da maison.

Depois de iluminar soluções climáticas variadas, pensando em regeneração, energia limpa e liderança feminina, neste último desfile ela quer falar de consciência. Para isso, Gabriela usa as flores como metáfora, da lótus como emblema de iluminação espiritual às callas e suas propriedades purificadoras.

A coleção explora a beleza da geometria das flores, com suas sinuosidades espelhadas em costuras delicadas, vestidos que se desfazem em fios de lantejoulas e franjas remetendo às raízes, mangas “pétala” suavemente drapeadas na alfaiataria, recortes que evocam a sensualidade das orquídeas. Tudo, claro, usando em matéria prima orgânica ou de baixo impacto ambiental.

A icônica silhueta alada, que Gabriela vem desenvolvendo desde que chegou à maison, desafia a gravidade num vestido preto de linho texturizado representando a deusa grega da vitória, Nike, por meio de aplicações douradas nos ombros em formato de pétalas.

As bolsas desta temporada arrematam a jornada de Gabriela na maison, com a reinterpretação da clutch favorita da fundadora da grife, Gaby Aghion. Em couro e batizada de Carmela, evoca resiliência e robustez com sua silhueta rugosa e tachas de metal.

As sandálias são outra peça central da coleção de calçados. Na linha “Blooma”, destacam-se pêndulos florais de couro, que sobem pelas tiras do modelo, enquanto a sandália Rebecca é uma reinterpretação do modelo criado por Karl Lagerfeld, em 1993, a partir de suas reflexões sobre a mitologia grega.

O final da apresentação contou com uma entrada surpresa (e emocionante) de integrantes da escola de samba Mangueira, vestidos de Chloé. O espírito do desfile de primavera verão 2024 e as inspirações por trás dos designs de Gabriela são encapsulados por uma poesia de Rupi Kaur em “O Que o Sol Faz com as Flores”

“não somos mestres deste lugar. somos apenas hóspedes. e como visitantes devemos aproveitá-lo como um jardim. tratá-lo com gentileza. para que quem vier depois também aproveite. devemos encontrar nosso sol. cultivar nossas flores. o universo nos presenteou com toda a luz e as sementes. talvez às vezes a gente não ouça mas aqui sempre tem música. só precisa aumentar o volume ao máximo. enquanto houver ar em nossos pulmões – precisamos continuar dançando.”

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