Conheça as cinco principais doenças decorrentes da hipertensão arterial

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Conhecida popularmente como pressão alta, a hipertensão é considerada um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, renais e até mesmo neurológicas.

É caracterizada pelo aumento anormal e por tempo prolongado da pressão causada pela circulação do sangue pelas artérias do corpo.

Uma pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial em repouso é igual ou superior a 14×9. Os sintomas tendem a aparecer apenas nos estágios mais avançados e, se não tratados adequadamente, podem evoluir para outras doenças.

Médicos especialistas da plataforma Doctoralia apresentam as principais consequências da hipertensão arterial.

AVC

De acordo com o Dr. Carlos Henrique Carneiro, neurologista, a hipertensão pode contribuir para vários tipos de AVC. Com o aumento da pressão e a incapacidade de dilatação das artérias da cabeça, amplia-se o risco de entupimentos. A consequência pode ser obstrução ou rompimento de vasos sanguíneos no cérebro.

Insuficiência Renal

A hipertensão arterial pode acometer as artérias renais e fazer com que os rins percam, progressivamente, a função, levando ao quadro de insuficiência renal. De acordo com o nefrologista Dr. Carlos Eiji Koga, no estágio inicial, a insuficiência renal não costuma apresentar sinais: “É o que chamamos de doença silenciosa. Já em casos mais avançados, os sintomas estão relacionados à diminuição do volume de urina, náuseas e vômito, alteração do hálito, espuma na urina e retenção de líquido”, explica o especialista.

No entanto, pacientes com hipertensão mal controlada, com fator de risco, problemas cardíacos, diabetes, obesidade, sedentarismo, e doenças genéticas, como pedras nos rins, têm maior propensão para a falência renal.

Infarto

A hipertensão arterial é um dos maiores fatores de risco para o processo inflamatório crônico das paredes das artérias com acúmulo de colesterol, plaquetas, fibrinas, cálcio e restos celulares que leva à formação de placas enrijecidas e reduz a elasticidade. Consequentemente, os vasos sanguíneos são obstruídos e, podem levar ao infarto.

Por isso, pacientes com fatores de risco como diabetes, tabagismo, sedentarismo, obesidade, predisposição genética e a hipertensão arterial mal controlada devem prestar atenção aos sinais. “O infarto costuma se apresentar com dor torácica em aperto ou pressão que piora aos esforços e melhora no repouso, podendo também estar associado a falta de ar progressiva, enjoo, vômitos, suor frio”, alerta a cardiologista Bárbara Pires Ihara.

Arritmia

Outra doença cardiovascular que pode ser resultado da hipertensão é a arritmia. Os principais sintomas são palpitação, dor no peito, falta de ar, cansaço, tontura e desmaio. Já o tratamento da arritmia vai depender dos sintomas, da gravidade e dos riscos de complicação da arritmia.

Qualquer pessoa, independentemente da faixa etária e sexo, pode sofrer arritmia cardíaca. No entanto, “a maioria das ocorrências está relacionada a quem apresenta doenças cardíacas prévias e que tem histórico dessas doenças na família, como é o caso de pessoas com hipertensão”, ressalta a especialista Bárbara.

Insuficiência Cardíaca

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a hipertensão e o entupimento das artérias coronárias, frequentemente associado à hipertensão arterial, são responsáveis por mais da metade dos casos de insuficiência cardíaca. Segundo a cardiologista Bárbara Ihara, “quando a hipertensão arterial é controlada, a longo prazo, a pressão elevada sobrecarrega o músculo cardíaco, deixando-o cada vez mais fraco e com dificuldade para bombear o sangue em quantidade adequada para atender às necessidades do corpo”.

O principal sintoma da insuficiência cardíaca é o cansaço ao realizar esforços habituais. Além disso, também pode apresentar inchaço nas pernas, dor ou desconforto no peito, dificuldade para dormir com a cabeceira baixa, despertar noturno devido à falta de ar.

Apesar de não ter cura, as chances de controle da hipertensão são muito altas. Então é fundamental manter um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática de atividades físicas. O acompanhamento médico também é importante para verificar se há necessidade de tratamento medicamentoso.

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