quinta-feira, 10 outubro, 2024
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Eduardo Pazuello descarta colapso no sistema de saúde do Brasil

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Um dia após o país perder mais de 2,3 mil para a Covid-19, o maior número de mortes em 24h desde o início da pandemia, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou que o sistema de saúde brasileiro “não colapsou, nem vai colapsar”.

Durante seu pronunciamento, Pazuello pediu a ajuda da população: “Peço a cada brasileiro que cuide um do outro e siga as orientações básicas recomendadas e exigidas para proteção coletiva e nos ajude a cuidar do Brasil. É um momento que requer união nacional para que juntos possamos superá-lo”.

A declaração de Pazuello também é o contrário do que dizem secretários de Saúde, prefeitos e governadores ao redor do país. Na semana passada, o jornal “Valor Econômico” noticiou que pessoas no entorno do ministro previam que o Brasil teria 3 mil mortes diárias pela Covid em março.”Vivemos um momento grave no país, com muitas perdas de vidas que foram causadas principalmente pelas novas variantes do coronavírus.

Nosso sistema está muito impactado, mas não colapsou nem vai colapsar”, afirmou o ministro.

Recorde de mortes

Depois de registrar, em fevereiro, o 2º maior número de mortes mensais desde o início da pandemia, o Brasil teve quatro recordes de mortes vistas em 24h só no mês de março. O primeiro foi no dia 2, quando 1.726 pessoas perderam a vida para a Covid.

No dia seguinte, mais 1.840 pessoas morreram pela doença, outro recorde diário. Os últimos dois picos foram vistos na terça (9), com 1.954 mortes, e na quarta (10), com 2.349 óbitos.

De acordo com dados de internações em UTIs, a Fiocruz decretou “alerta crítico” para 20 estados. Vale ressaltar, ainda, que alguns estados já tiveram que alugar contêineres e abrir covas para acomodar os mortos pela Covid-19.

Atraso nas vacinas

O ministro também alegou que não há atraso ou modificação no cronograma de entrega de vacinas contra covid-19 aos estados e municípios. Em ofício encaminhado ao Congresso Nacional, Pazuello diz que a campanha de vacinação, iniciada em 18 de janeiro, acontece de forma escalonada, conforme disponibilidade de doses de vacinas e diretrizes apresentadas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

A previsão era de que o Ministério da Saúde distribuísse, em março, 16,9 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca (ou Covishield), produzida na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mas a quantidade caiu para 3,8 milhões. Na segunda-feira (8), depois de uma reunião na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, com governadores, o ministro da Saúde atribuiu o atraso a uma falha técnica em uma máquina de lacre da embalagem da vacina.

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