Determinada, carismática, mãe, jornalista, colunista, apresentadora, criadora de conteúdo e influenciadora digital. Essas são algumas das qualidades e especialidades de Mônica Salgado, que atualmente soma 25 anos de carreira focada no universo feminino e um super sucesso no segmento nas redes sociais, seguida no Instagram por mais de 400 mil seguidores. Formada em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), com MBA em Marketing de Moda/SP. Atuou como redatora-chefe em revistas como Vogue Brasil, antes de capitanear o case de sucesso da revista Glamour no Brasil, que se tornou uma poderosa, inovadora e rentável marca produtora de conteúdo multiplataforma.
A jornalista também já atuou como apresentadora de um quadro no extinto programa Vídeo Show, da TV Globo; como colunista do jornal gaúcho Zero Hora, do prestigiado veículo Meio & Mensagem e da revista Marie Claire e podcast da rádio Jovem Pan. Foi a primeira jurada brasileira da categoria Social & Influencer no Festival de Cannes – a principal premiação do mercado publicitário mundial.
Com vasta experiência no universo da Comunicação e Moda, Mônica Salgado comanda um projeto que percorre todo o Brasil, o Talk com Moni, o qual promove bate-papos, painéis, mentorias e experiências sobre carreiras e empoderamento feminino, marketing de influência, palestras, podcast e geração de conteúdo em mídias diversas para marcas. A profissional tem ainda seus projetos autoriais nas redes sociais, como o divertido talk show “Desarmônicas”, no qual entrevista celebridades; bem como apresenta o programa Reclame, que fala sobre o mercado publicitário, na rádio Play, do Grupo Bandeirantes. A seguir, confira trechos da entrevista exclusiva para coluna, sobre o universo dos influenciadores digitais, em tempo de pandemia – depois do vídeos que virou febre em compartilhamentos nas redes sociais, com vocês, Mônica Salgado.
Hoje, as influenciadoras vêm conquistando cada vez mais espaço. O que torna uma pessoa, de fato, influente na atual sociedade que vivemos, em tempo de pandemia?
A influência é multifacetada. Você pode influenciar hábitos de consumo, comportamentos e consequentemente o mundo que você habita. Então, eu acho que a influência tem várias camadas e tem vários raios de atuação. Uma coisa que eu questiono em um dos meus últimos vídeos no Instagram é: quem nunca deu um print de tela num look bacana, um style que achou esperto, em um hotel, um prato de comida de um restaurante que você quer conhecer?! Essa influência de consumo, puro e simples, eu considero que ela tem o seu valor, seu espaço e eu não acho que ela seja moralmente inferior ou algo do qual as influências ou qualquer outra pessoa deva se preocupar. Então, eu acho que o que faz uma pessoa ser influente é ela ter propriedade, credibilidade, estofo e ferramentas para influenciar. E hoje, com a internet, as redes sociais, a influência se tornou mais escancarada, algo jamais visto antes, mas que sempre existiu.
Notamos que o mercado de influencers sofre grande impacto durante a pandemia, seja na questão financeira, como no cancelamento referente a postura de alguns. Como você analisa este fato?
Com a pandemia, muitas coisas foram questionadas enquanto sociedade. E o mercado de influência e as redes sociais e a comunicação e os hábitos de consumo, como sendo uma parte importante dentro dessa engrenagem chamada sociedade, também mudaram, assim como tudo. Eu não considero que tenha sido o mercado de influências que mudou, que sofreu com a pandemia, mas que foi transformado, resinificado, questionado, faz parte de alguns processos que se aceleraram. Com isso, a cultura do cancelamento é um assunto que já discuti muito e que vem sendo tema de muito debate, sobretudo, por conta do Big Brother, devido a postura de alguns participantes. Mas isso também é reflexo de uma rede social que exige posicionamentos muito rápidos e contundentes. Então, normalmente, ela é muito apressada e ignora que que toda questão tem muitos lados. Mas isso já estava sendo muito discutido, como sobre a nossa intolerância em relação ao erro alheio, do ponto de vista da comunicação, o quanto isso é danoso, não só para uma saúde mental, mas também porque isso tolhe muito a criatividade, e todas as pessoas, principalmente as públicas, estão com muito medo de errar, e isso é muito ruim para o mercado de comunicação.
O Amazonas foi um dos Estados mais castigados. Manaus sofreu com a crise do oxigênio e a importância de campanhas envolvendo cantores, artistas e influencers foi fundamental. Sabemos que a solidariedade foi papel super importante neste momento. Para você, AJUDAR É…
Eu acho que ajudar também é um dos pilares muito importantes das redes sociais. Se a gente for pensar o quanto as redes sociais foram e estão sendo úteis na disseminação de causas, campanhas, questões relevantes que antes ficavam muito mais restritas em determinados grupos, que agora ganharam voz, ganharam escala. Então, eu considero que as redes sociais têm um papel fundamental e fico feliz que tenha contribuído para disseminar essas questões importantes. Eu tenho as minhas causas também, que são muito importantes para mim, como a causa dos animais, é uma causa que me toca muito. Agora, essa causa da educação, das aulas presenciais, eu também estou entrando de cabeça numa campanha, porque eu acredito muito nisso, mas estou antes me informando para poder exercer o meu papel com responsabilidade. Então, que bom que hoje temos as redes sociais para ajudar a gente a discutir, a tocar em pontos importantes e a evoluir como sociedade.