Aprovada entre os anos de 2017 e 2018, a Reforma do Ensino Médio, batizada de Novo Ensino Médio, já é uma realidade no Amazonas. A mudança, que tinha como prazo o ano de 2022 para começar a ser implementada, busca oferecer ao estudante, além do protagonismo juvenil, diversos caminhos para o futuro, diferentemente da formação geral básica.
Conforme a professora Olívia Portantiolo, diretora pedagógica de todas as unidades do Colégio Lato Sensu, a reestruturação do currículo do Ensino Médio ocorreu em 2017, com a aprovação da Lei n. 13.415, que tratou do aumento da carga horária e um currículo mais flexível, e em 2018, com aprovação, por meio da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que definiu os conteúdos a serem ofertados nos últimos 3 anos da Educação Básica.
A professora ressalta que a modificação segue um cronograma pré-estabelecido. Este ano, por exemplo, o Novo Ensino Médio foi implementado na 1ª série. Em 2023, será a vez da 2ª série e fechando o ciclo, em 2024, na 3ª série. “Nessa reestruturação, o Lato Sensu buscou reforçar ainda mais seus pilares de formação e diferenciais, garantindo aos alunos uma sólida formação, agora com a flexibilização exigida pelas normativas, adequando a jornada de formação de cada aluno ao seu projeto de vida”, destaca Olívia.
Ou seja, os alunos, a partir da finalização do ciclo de implementação, poderão escolher parte de seu currículo, intensificando assim, os estudos nas áreas que forem do seu interesse. “A nova grade tem como objetivo aproximar cada vez mais a rotina escolar das expectativas e necessidades dos jovens, transformando o Ensino Médio em uma etapa mais significativa para a construção do projeto de vida e consolidação das conquistas dos nossos alunos”.
A partir de agora, as disciplinas irão se transformar em áreas de conhecimento, porém, nenhuma das matérias aplicadas nas salas de aula serão retiradas da grade curricular, mas passam a adotar um novo formato ao serem ministradas. “No novo currículo do Lato Sensu, todas as disciplinas curriculares estão mantidas, incluindo o aprofundamento de estudos para cada área, agora em uma organização diferente e flexível”, completa.
Tal qual ao Exame Nacional do Ensino Médio, o famoso Enem, o Novo Ensino Médio conta com quatro áreas de conhecimento: Linguagens e Suas Tecnologias (Português, Inglês, Artes e Educação Física), Matemática e Suas Tecnologias (Matemática), Ciências da Natureza e Suas Tecnologias (Biologia, Química e Física) e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (História, Geografia, Sociologia e Filosofia).
Itinerários Formativos
Outro destaque são os Itinerários Informativos. A professora Olívia Portantiolo os descreve como “a parte flexível do currículo”, que, segundo ela, “visa ao aprofundamento e ampliação dos conhecimentos”. “No Lato, dentro dos itinerários temos três arranjos curriculares: disciplinas de aprofundamento comum, eletivas e trilhas de formação”, revela ela.
Desde a 1ª série do Ensino Médio, e com intensificação nas 2ª e 3ª séries, os alunos começarão a tomar decisões curriculares que melhor atendem aos seus objetivos de formação, podendo escolher disciplinas de diversificação e aprofundamento, bem como sequências didáticas mais extensas, compostas por duas ou mais áreas de conhecimento.
No que diz respeito ao sistema avaliativo, ele ganha ainda mais relevância no novo currículo. Isso porque, além dos ciclos e instrumentos já conhecidos, a reestruturação traz a possibilidade da inserção de novos instrumentos, que alinham as mesmas disciplinas, aos aprofundamentos e projetos.
E nesse processo de tantas transformações, os professores são peça fundamental. Todos os profissionais estão sendo capacitados há muito tempo por meio de grupos de estudos, projetos e parcerias que ajudam na formação da equipe. “Nosso foco é, sem dúvida, a construção do conhecimento com vistas ao desenvolvimento do raciocínio crítico e à autonomia de nossos alunos. Trabalhar com excelência e zelo o conhecimento de mundo, um sólido referencial teórico e uma postura responsável e respeitosa é nosso maior foco”, finaliza Olívia.
