Feitos em nanquim, guache ou aquarela, os traços de Manu Cunhas, que já lhe renderam o Prêmio Jabuti de ilustração em 2017, agora se transformaram em NFTs. Em uma parceria com a Doare, fintech especialista em doações online com soluções de captação de recursos para organizações filantrópicas, a artista desenhou 21 mulheres que marcaram a história com seus feitos e ideias; todas as obras fazem parte do acervo do Impact Women NFT. O projeto é um leilão filantrópico de tokens não fungíveis que destinará o valor arrecadado para ONGs que lutam pelos direitos das mulheres.

“A ideia de trazer um uma função social para NFTs é ótima e fiquei feliz de produzir dentro de um tema que me é tão querido: a história de lutas e conquistas femininas. Eu já trabalho com temas sociais há mais de dez anos, então é sempre legal ver algo bem estruturado que consegue causar um impacto positivo tanto de maneira prática, financiando projetos e ONGs, e informativa, ao trazer luz às histórias de tantas mulheres que mudaram o mundo. Espero que essa produção incentive outras pessoas e empresas a produzirem NFTs com essa perspectiva social e que impulsione a produção artística nacional”, comenta a artista.

No projeto, a artista retratou personalidades como Sultan Razia, Amelia Earhart, Anita Garibaldi, Charlotte von Mahlsdorf, Tereza de Benguela, Elza Soares, Frida Kahlo, Joana d’Arc, Josephine Baker, Laudelina de Campos Melo, Lélia Gonzales, Leymah Gbowee, Lozen, Marielle Franco, Marsha P. Johnson, Nísia Floresta, Qiu Jin, Rainha Nzinga, Maria de Nazaré e Tarsila do Amaral. O valor arrecadado com as vendas das NFTs beneficiarão as seguintes organizações: Instituto As Valquírias, Associação Fala Mulher, Casa 1, Mães da Favela (projeto da CUFA), Fundo Agbra, Instituto Marielle Franco, Mulheres do Bairro (projeto do Bairro da Juventude).

Formada em Design Gráfico pela UDESC, Manu Cunhas se divide entre turmas de desenho e projetos editoriais nos quais atua como designer e ilustradora freelancer. Em sua carreira, a profissional já publicou cinco livros com financiamento coletivo e foi uma das obras, o “Outras meninas” que fez com que a artista recebesse o Prêmio Jabuti. No Impact Women NFT, foi a primeira vez em que a artista viu suas obras se tornarem NFTs.