A Galeria Manart lançou a sua mais nova estampa: ´Tucandeira´-inspirada na obra ‘Ritual de Passagem Tucandeira’, do artista plástico, Francimar Barbosa, reconhecido no cenário das artes visuais, por suas mandalas no estilo Pop Art, cheias de vida e cores, que costumam retratar a cultura e costumes da região Amazônica, através de temas como: natureza, fauna e flora, lendas e cultura indígena.
Trajetória Artística
“Meu interesse pela arte começou na infância. Sempre gostei muito de desenhar. Ainda lembro da sensação de quando ganhava um caderno novo: a primeira coisa que fazia era olhar os versos das folhas e imediatamente começar a escolher os desenhos para ilustrar. Lembro muito bem disso” F.B
Francimar Barbosa desenha desde criança. Durante a juventude, trabalhou com publicidade, desenho técnico, serigrafia e ilustração. Em 1988, iniciou-se nas Artes Plásticas com o professor Anísio Mello, no Liceu de Artes Esther Mello. Hoje, o artista já soma 30 anos de carreira, com inúmeras participações em exposições individuais e coletivas e premiações. Acesse o vídeo produzido com o artista: http://bit.ly/FrancimarBarbosa
Concepção da obra e processo de pesquisa
A obra ‘Ritual de Passagem Tucandeira’ fez parte da exposição “Rituais da floresta” (com projeto premiado pelo MinC e Funarte 2011/2012) que visava ampliar os conhecimentos acerca da natureza e da cultura dos povos amazônicos.
“Necessitei de uma extensa pesquisa para definir todas as obras dentro das realidades dos povos indígenas, que, entre suas diversas etnias, demonstram variações nas comemorações de nascimento, casamento, rituais de passagem, funeral, etc. O livro “Dois Anos entre os Indígenas” de Theodor Koch-Grünberg foi essencial para o projeto.” Afirma Francimar Barbosa.
“O ritual da tucandeira, tradicional da tribo Sateré Mawé, já era famoso e conhecido mundialmente, logo, a obra teve que ser bem pensada e elaborada. Passei dias procurando a melhor maneira de apresentar o ritual, até chegar no ideal: uma apresentação capaz de transmitir principalmente o terror das formigas, cuja picada do ferrão provoca dores durante quase 24 horas, destacando também as luvas de palha com as formigas presas e adormecidas. No centro da obra, inclusive, há uma referência ao número de vezes que o índio passa pelo ritual: pelo menos 20 vezes durante a vida. As duas cores de maior destaque são o branco e o vermelho. A primeira representa segurança, pureza, limpeza e equilíbrio. A última é predominante na cultura indígena e remete ao poder, guerra, perigo, violência e coração.” Destaca o artista.
Curadoria
“A técnica de pintura de Francimar Barbosa impressiona por seu perfeccionismo. Cada pincelada é bem direcionada, sua paleta de cores é muito bem distribuída. Suas mandalas são umas das criações mais belas e ousadas que podemos contemplar aqui na Amazônia. O artista sempre está testando seus limites e abrindo possibilidades para um novo horizonte. A certeza que eu tenho é que Francimar sempre vai nos surpreender com a sua inteligência de montar mandalas. Sempre que me vejo diante de uma delas, sinto como se estivesse na frente de uma hélice, que abre janelas e ventila ideias (…) e que me envolve em um pico de sensações de equilíbrio, cores e formas.” Afirma Hadna Abreu, Curadora da Manart Galeria.
Relação do artista com a galeria
“Desde o primeiro momento que recebi o convite para fazer parte da Manart, fiquei muito feliz! Principalmente porque já vinha acompanhando o trabalho/produtos da Galeria pelas mídias digitais. E também porque se trata de um reconhecimento pela minha arte e trajetória. Somos carentes de projetos desse tipo e principalmente com essa qualidade e respeito que a Manart apresenta. Gosto muito dessa “pegada” que a galeria está demonstrando, desde a apresentação dos produtos, que respeitam ao máximo a obra, até a apresentação do artista. É realmente algo profissional e inédito. Estou super animado!” Declara, Francimar Barbosa.