domingo, 5 maio, 2024
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Mulheres sofrem 3 vezes mais assédio sexual que homens no ambiente de trabalho

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Casos de assédio moral ou sexual, conduta abusiva na qual o agressor atenta contra a dignidade de outra pessoa, ainda são recorrentes em ambientes de trabalho, aponta pesquisa realizada pela Mindsight com 11.263 pessoas (47,8% se identificaram como homens, 51,5% como mulheres e 0,7% como não-binário).

O levantamento trouxe dados alarmantes quanto aos assédios cometidos nas empresas: 34% dos participantes relataram já ter sofrido assédio moral e 10,5% assédio sexual em seu ambiente de trabalho e a maioria não denunciou os assédios sofridos (apenas 6,5% e 2,1%, respectivamente). Entre os motivos para não terem levado o caso ao RH ou outro setor responsável estão o medo de sofrer alguma retaliação ou de ser demitido.

Isso pode estar relacionado ao fato de que mais de 65% das empresas não possuem um ponto de acolhimento para os seus funcionários – apenas 25% dos participantes afirmaram ter suporte e 9,6% declaram que apesar de suas companhias disponibilizarem um atendimento, ele não é eficaz. Além disso, a pesquisa descobriu que grande parte dos casos de assédio moral e sexual partiu de um superior, como é possível perceber no gráfico abaixo.

Assédio por recorte de gênero

Ao analisar os dados por gênero, os resultados apontam que as mulheres são as que mais sofrem no âmbito profissional, com 38% das entrevistadas relatando já ter sofrido assédio moral e 15,4% sexual – apenas 6,6% e 3%, respectivamente, denunciaram os casos.

Entre os homens, 30,1% relataram já ter passado por um caso de abuso moral e 5,3% sexual.Desses, apenas 6,4% e 1,2%, respectivamente, denunciaram. Isso significa que as mulheres sofrem 3 vezes mais assédio sexual que os homens.

Em relação aos casos de assédio moral, 62% dos participantes sofreram por o abuso por parte de homens e 38% por mulheres, enquanto entre os relatos de assédio sexual o percentual é de 76% e 24%, respectivamente.

Para Thaylan Toth, CEO da Mindsight, “o RH deve sempre observar os funcionários, de forma que analisem indicativos quanto à saúde mental e bem-estar psicológico de todos na empresa, para que os funcionários se sintam seguros para denunciar esses tipos de abusos. Apesar de ainda carregarem certo estigma por parte de algumas empresas, já que é um assunto delicado que pode chegar a ser intimidador, é essencial discutir essas questões para garantir um ambiente de trabalho que seja acolhedor, empático e que realmente valorize seus funcionários.” completa Thaylan.

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