Pandemia transforma a imagem do Ensino a Distância no Brasil

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Apesar da resistência de muitos, o ingresso de alunos em cursos de graduação na modalidade de Educação a Distância cresceu consideravelmente nos últimos anos. De acordo com o INEP/MEC, o número de ingressantes nestes cursos dobrou no período de 2008 a 2018, atingindo cerca de 1.3 milhão de alunos no EaD. Este número representa 40% do total de estudantes em cursos de graduação em 2018. A expectativa é que a quantidade de matrículas nesta modalidade continue crescendo nos próximos anos.

O Ensino a Distância, desde o seu surgimento, enfrenta questionamentos no Brasil, principalmente em relação à sua eficácia, já que dispensa a presença do aluno no campus. As dúvidas em relação ao modelo de ensino remoto surgem, na maior parte das vezes, por falta de conhecimento, falta de experimentação e resistência à inovação. Contudo, a obrigatoriedade do uso do ambiente virtual para continuidade das atividades acadêmicas durante a pandemia, ofereceu um novo olhar para o EaD.

De acordo com Luciano Freire, diretor de pós-graduação e Educação a Distância do Centro Universitário Facens , no cenário da pandemia, as instituições que tiveram sucesso foram aquelas que repensaram o modelo de ensino para além do modelo “tradicional” de EaD. Estas fizeram o uso de metodologias ativas, simuladores, vídeos de experimentos, jogos, entre outros recursos, visando prover no ambiente virtual uma experiência tão próxima e, em alguns casos, até melhor que a vivenciada no modelo presencial.

“Isto abriu para os alunos, e também aos professores, um universo repleto de novas possibilidades, no qual a interação com o colega e com o professor ocorre de forma diferente, mas é complementada por uma série de ferramentas que tornam a experiência mais rica, como no caso o uso de Simuladores Virtuais para discussão sobre casos práticos. Durante este processo de adaptação e experimentação, o aluno percebeu que o ensino na modalidade EaD pode ser muito interessante e eficaz”, reforça Luciano.

Esta mudança de paradigma levou algumas instituições de ensino superior, como a Facens, a ampliar e aprimorar o Ensino a Distância. Para 2021, o Centro Universitário prevê a abertura de novos cursos de extensão e pós-graduação no modelo de Ensino a Distância, com implementação de algumas atividades presenciais não obrigatórias para os alunos que quiserem ampliar a experiência acadêmica.

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