sábado, 4 maio, 2024
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Projeto ‘Em Casa com Sesc’ recebe o solo de dança ‘Canto dos Malditos’

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No ar desde junho do ano passado, a programação Dança #EmCasaComSesc segue em 2021 com espetáculos diversificados, sempre mesclando artistas, companhias e grupos consagrados no cenário brasileiro com as novas apostas. As apresentações acontecem às quintas-feiras, às 19h, no Instagram Sesc Ao Vivo e no YouTube Sesc São Paulo .

Em conformidade com as medidas estipuladas pelo Plano São Paulo no combate à pandemia, as transmissões do #EmCasaComSesc permanecem sendo realizadas da residência ou estúdio de trabalho dos artistas, seguindo todos os protocolos de segurança.

Quinta-feira (06/05), direto de São Paulo, o Dança #EmCasaComSesc recebe o coreógrafo e bailarino Marcos Abranches com o solo “Canto dos Malditos”. A solidão, o fracasso, a tristeza e a desesperança frente às atrocidades da vida são os pontos de partida do espetáculo de dança contemporânea concebido e performado pelo artista. Como um desabafo, Abranches traz à cena seus conflitos e questões sobre o homem e a sua inconsistência; sobre a precariedade das relações que nunca se completam; sobre o amor e o abandono, o canto de todos os malditos. A desestética do movimento é sentida pelo abandono e pela rejeição, entendendo que o alívio está no amparo do amor. “Canto dos Malditos” tem como inspiração o livro homônimo escrito por Austregésilo Carrano Bueno (1957-2008) e conta com orientação dramatúrgica de Sandro Borelli. Classificação indicativa: 14 anos.

Marcos Abranches iniciou sua carreira em 2002 na Cia. FAR 15, atuando nos espetáculos “Senhor dos Anjos”, “Jardim de Tântalo” e “Metamorfose de Franz Kafka”, coreografados e dirigidos por Sandro Borelli e Sônia Soares. Em 2005, fundou o Grupo Vidança e criou os espetáculos “D… equilíbrio” e “Forma de Ver”. Em 2007 iniciou a carreira solo e inaugurou sua própria companhia de dança, cujo nome atual é MARCOS ABRANCHES & CIA. Participou do Kulturdifferenztans, em Colônia (Alemanha), e do Crossings Dance Festival, em Düsseldorf (Alemanha), apresentando a obra “Via sem Regra”, sob direção de Gerda König (em 2007). Atuou na peça “Trem Fantasma”, adaptação da obra “Navio Fantasma”, de Wagner, dirigida por Christoph Schlingensief, o que lhe rendeu um convite para atuar (em 2008 e em outubro de 2010) na ópera teatralizada “Vida e Obra de Joana D’Arc”, no Deutsch Oper Berlin. Além de atuações em diversas cidades do Brasil com as obras “Corpo Sobre Tela”, “Forma de Ver”, “Avessos”, “O Grito” e “O Idiota”, entre outras, o artista já se apresentou em Berlim, Madri, La Paz, Bogotá e Assunção.

O artista é portador de coreoatetose, deficiência física rara decorrente de uma lesão cerebral. Não é uma doença e sim um estado patológico que se manifesta a partir de movimentos involuntários, intermitentes e irregulares da face e dos membros. Abranches utiliza da própria deficiência como referência de estudo para a construção de sua linguagem artística corporal, sendo o único coreógrafo brasileiro com paralisia cerebral a propor um estudo sobre dança contemporânea.
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