quinta-feira, 9 maio, 2024
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Câncer de pulmão: Novos casos em mulheres superam os de homem

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O câncer de pulmão em mulheres é um grave problema de saúde global. Enquanto a incidência deste tipo de câncer em homens vem caindo gradativamente, apesar de números ainda elevados, nas mulheres vem aumentando expressivamente nos últimos anos. Segundo dados do Global Cancer Observatory já é o terceiro em incidência e o segundo em mortalidade para elas (só perde para o câncer de mama). Considerando os dois sexos, é o terceiro em incidência e o primeiro em mortalidade.

No Reino Unido, a preocupação aumentou. Dados da Cancer Research UK apontam que os casos de câncer de pulmão em mulheres devem alcançar 27.332, superando 27.172 projetados para homens. As projeções têm levado os especialistas em pulmão a emitir alertas para que as mulheres fiquem atentas aos primeiros sinais da doença. No Reino Unido, o câncer de pulmão permanece como a causa mais comum de morte, representando uma em cada cinco por câncer.

De 2022 a 2024, Cancer Research UK apontam que os casos de câncer de pulmão em mulheres devem alcançar 27.332, superando 27.172 projetados para homens. As projeções têm levado os especialistas em pulmão a emitir alertas para que as mulheres fiquem atentas aos primeiros sinais da doença. No Reino Unido, o câncer de pulmão permanece como a causa mais comum de morte, representando uma em cada cinco por câncer.

De 2022 a 2024, 49,9% dos novos casos de câncer de pulmão são projetados para homens; e 50,1% para mulheres. Entre 2038 e 2040, em comparação, 47,4% dos casos serão em homens ante 52,6% em mulheres. De acordo com especialistas da Global Cancer Reserach UK, a mudança no equilíbrio de gênero se deve principalmente a diferenças históricas na prevalência do tabagismo entre homens e mulheres. “As mulheres são regularmente lembradas da importância do autoexame de mama e a comparecer periodicamente às consultas no ginecologista. Agora, elas precisam estar atentas também a eventuais sintomas. Caso ocorram, é importante buscar um especialista”, ressalta o oncologista Carlos Gil Ferreira, presidente do Instituto Oncoclínicas.

O câncer de pulmão mais comum é o de células não pequenas (85% de todos os diagnosticados), que é subdividido em três tipos: carcinoma de células escamosas, adenocarcinoma de pulmão e carcinoma de grandes células. Adenocarcinomas podem corresponder a cerca de 60% dos cânceres de pulmão em mulheres, enquanto o carcinoma de células escamosas representa de 10 a 30%. “É um tipo de câncer heterogêneo, com menor associação com o hábito de fumar em comparação com outros subtipos. Estudos estimam que até 50% das mulheres com adenocarcinoma de pulmão são não-fumantes, em comparação com 10-15% dos homens não-fumantes que desenvolvem esse tipo de câncer”, explica o oncologista torácico. Ele ressalta a importância da vigilância mesmo em casos de mulheres não-fumantes.

Um estudo feito por cientistas chineses, publicado na revista Nature revelou que não houve diferença na incidência de câncer de pulmão de células não pequenas entre homens e mulheres na pós-menopausa, enquanto a incidência em mulheres na pré-menopausa aumentou em comparação com os dois grupos, sugerindo que os hormônios sexuais (endógenos e exógenos) podem desempenhar um papel importante na ocorrência e desenvolvimento de câncer de pulmão.

Segundo a publicação, estudos pré-clínicos mostram que a expressão de receptores de estrogênio em tecidos de câncer de pulmão é elevada, sugerindo que o estrogênio está intimamente relacionado à incidência deste tipo de câncer. A pesquisa, liderada pelo médico Shiqing Liu, foi feita com base em amostras clínicas de câncer de pulmão e tecidos pulmonares normais adjacentes obtidas do Departamento de Cirurgia Torácida, Hospital Xiangya, Central South University, Changsha, China. Todas as amostras foram coletadas para fim de pesquisas, com consentimento dos pacientes. No entanto, esses dados necessitam confirmação.

É importante, portanto, estar atento aos sintomas para que se faça exames precocemente. “Mulheres jovens, com menos de 50 anos, consideradas saudáveis, mas com sintomas respiratórios persistentes, devem buscar avaliação médica”, diz o oncologista.

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