sexta-feira, 3 maio, 2024
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Desembargadora Graça Figueiredo lança segunda edição de ‘Senhoras da Justiça’

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Lançado originalmente em 2012, o livro ‘Senhoras do Destino – A Trajetória das Mulheres no Poder Judiciário e na Carreira Jurídica’, escrito pela desembargadora Graça Figueiredo, ganhará na próxima quarta-feira (8 de março), data em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, uma nova edição, ampliada e revisada. O evento acontece a partir das 15h, no auditório do Centro Administrativo Des. José de Jesus Ferreira Lopes (Anexo da Sede do TJAM).

Em entrevista ao Portal W&G, a autora destacou que esta segunda edição teve o conteúdo ampliado para incluir informações sobre mulheres que se destacaram na Carreira Jurídica, uma vez que a 1.ª edição da obra contemplou aquelas que se destacaram na Magistratura. Confira tudo na entrevista a seguir:

Primeiro, gostaria que você falasse um pouco sobre a obra, do que ela trata, e contasse sobre como foi o processo de pesquisa e escrita;

Esta obra busca registrar os avanços da presença feminina no Poder Judiciário brasileiro, desde a sua criação até os dias atuais. Aproveito para contar relatos de minha trajetória na Magistratura amazonense, onde atuo há mais de quarenta anos, mostrando os desafios enfrentados e as vitórias alcançadas.

O mais satisfatório na realização da pesquisa para a escrita desta obra literária foi verificar diversas e grandes mulheres que não se intimidaram e ingressaram em um ambiente altamente misógino e machista, desbravando os caminhos e mostrando que o lugar de uma mulher é onde ela determina.

Destaco nesta obra grandes e notáveis “Senhoras da Justiça” que foram pioneiras e abriram caminhos para que hoje possamos ter outras muitas mulheres em posição de liderança no Poder Judiciário.

Também gostaria de saber se existem diferenças desta segunda edição em relação à primeira;

A diferença que destaco nesta segunda edição é a inserção das mulheres que atuam também na carreira jurídica, não limitando apenas às mulheres que ingressaram na Magistratura, posto que o sistema jurídico não é composto apenas pelo Poder Judiciário.

Ademais, também foi inserido nesta edição todas as primeiras Desembargadoras que alcançaram o cargo de Presidente das Cortes de Justiça Estaduais, demonstrando que em quase todos os estados da nossa Federação, uma mulher Desembargadora já ocupou o cargo mais alto do Poder Judiciário Estadual.

O livro foi lançado originalmente em 2012, certo? Na sua opinião, quais foram as principais mudanças da atuação da mulher no poder judiciário desde então?

Já se passaram mais de 10 anos do lançamento da primeira edição, tempo em que pude verificar diversas mudanças no mundo jurídico em relação à participação das Mulheres, inclusive neste Tribunal de Justiça.

Atualmente contamos com a presença de uma mulher na Presidência e outra na Vice-Presidência do Tribunal de Justiça do Amazonas. A composição do Tribunal Pleno conta com 9 mulheres Desembargadoras, número este nunca antes alcançado, sendo uma vitória para todas nós e motivo de orgulho.

Destaco que após o lançamento da 1º edição, pude ocupar orgulhosamente o cargo de Presidente do TJ/AM, biênio 2014/2016, sendo a segunda mulher a ocupar tal cargo desde a criação desta Corte, assim como, fui Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas no ano de 2022.

Com o passar dos anos, cada vez mais as mulheres estão ocupando cargos de grande importância.

Que objetivos você ainda espera atingir na sua trajetória profissional? Na sua opinião, que conquistas as mulheres do judiciário ainda devem alcançar?

Objetivos já atingi muitos durante estes 43 anos no exercício da magistratura desde quando iniciei minha carreira na longínqua Boca do Acre. Porém, esta função, prefiro dizer missão que aceitei, será sempre uma busca  pela efetivação da justiça, buscamos garantir aos jurisdicionados a solução dos conflitos, dos direitos fundamentais,da cidadania. É preciso não esmorecer e estar sempre disposta a promover a paz social. Quanto às conquista da mulher no judiciário será sempre aquela que proporcione a alegria de exercer o direito em favor do injustiçado.

Por fim, qual sua mensagem para as mulheres neste dia 8 de março?

Desejo que neste dia internacional da mulher, todas nós possamos continuar alcançando os cargos e posições mais relevantes no ordenamento jurídico e nas demais carreiras profissionais.

Apesar do árduo caminho, nós mulheres seguimos desbravando e se destacando dentro de um ambiente essencialmente masculino. Antes subestimadas, hoje mostramos a importância e vitalidade em ter mulheres nos mais altos cargos de liderança. Viva as Mulheres!

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