Entre os estados, o Amazonas (34,59%) tem a maior proporção de domicílios em ocupações irregulares. Em seguida, figuram o Espírito Santo (26,1%), Amapá (21,58%), Pará (19,68%) e o Rio de Janeiro (12,63%). Em São Paulo, (7,09%) dos domicílios estão nessas localidades.

O último levantamento realizado pela Cufa – Central única das favelas, identificou 525 comunidades no estado de São Paulo, sendo que 250 concentram-se na capital. A maior delas é a Heliópolis, com mais de 200 mil habitantes e que ocupa 1 milhão de metros quadrados na zona sul de SP. Paraisópolis, também na Zona Sul, é a segunda maior do estado.

Dia da favela

Comemorado no dia 04 de novembro, o Dia da Favela busca lembrar e alertar a sociedade acerca dos desafios recorrentes vividos por moradores de comunidades carentes, tais como: falta de água potável, saneamento e coleta de esgoto precários, e a falta de moradias e infra estruturas de qualidade.

Segundo dados da Agência Senado, quase 35 milhões de pessoas no Brasil vivem sem água tratada e cerca de 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto, resultando em doenças que poderiam ser evitadas, e que podem levar à morte por contaminação.

O aumento significativo, preocupa entidades públicas e privadas, sobre a queda da renda familiar, o desemprego e a alta da inflação, fatores contribuintes para a explosão de moradores. Visando a melhora da qualidade de vida em locais de vulnerabilidade, são criadas dezenas de soluções com parceria público-privada para promover o bem-estar social e o acesso a recursos básicos, muitas vezes assegurados por lei, como por exemplo o direito à água potável e saneamento básico.

Fernando Silva, CEO da PWTech, startup de purificação de água contaminada, coloca a tecnologia como uma das principais ferramentas na luta contra a desigualdade social. “Com a sobrecarga do sistema público e da ineficiência de políticas públicas voltadas para o bem-estar social, a tecnologia aliada a instituições privadas, permite o desenvolvimento social e econômico em regiões periféricas, o acesso à sistemas de ensino de qualidade, e em alguns casos, o fornecimento de energia por fontes renováveis”.