sábado, 27 abril, 2024
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Mais de 2,3 mil ribeirinhos recebem atendimento via telessaúde na Amazônia 

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Cuidar das pessoas que cuidam da floresta é a missão da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), organização que completou, em 2023, 15 anos de atuação em prol da melhoria da qualidade de vida das populações da floresta. A saúde é um dos aspectos dessa missão e, para isso, um dos projetos que a FAS executa é o de telessaúde, que já atendeu 2.373 moradores de comunidades remotas, além de capacitar 1.216 profissionais de saúde que ali atuam e comunitários.

Esse trabalho é realizado com a ajuda da tecnologia, por meio de 97 pontos de conectividade, instalados pela FAS e parceiros em 22 municípios, 22 Unidades de Conservação (UCs) e 18 Terras Indígenas (TIs) na Amazônia. Os locais são equipados com estrutura de atendimento e acesso à internet para consultas online, e tem à disposição as especialidades de medicina, enfermagem e psicologia.

“Os pontos de teleatendimento são um dos grandes avanços da FAS. Antes, quando chegava atendimento médico na comunidade, era apenas uma especialidade, geralmente um clínico geral. Hoje, eles já conseguem ter atendimento psicológico, médico e de enfermagem. Foi um avanço considerável, porque essa plataforma também possibilitou qualificar os agentes comunitários de saúde e levar um atendimento mais adequado a esses locais”, afirma a superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades da FAS, Valcléia Solidade.

Os agentes comunitários de saúde e comunitários recebem formação continuada em temas como vacinação, fisiologia, primeiros socorros, saúde da mulher e infantil. No total, 1.216 profissionais da região, de agentes a médicos, e comunitários já foram receberam conhecimentos ou atualizações em oficinas e treinamentos da FAS.

A instituição também atua na implementação de sistemas de energias limpas e renováveis, como as de origem solar, que garantem o funcionamento de unidades de atendimento em áreas ribeirinhas e rurais da região.

“A falta de energia é um problema muito grande para nós como profissionais. Quando a gente tem uma criança, por exemplo, com pneumonia, é uma doença que a gente pode tratar aqui mesmo no polo, só que devido à falta de energia, não tem como fazer a nebulização, então a gente tem que remover a criança para o município mais próximo”, explica a enfermeira do Polo Base do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Médio Rio Solimões e Afluentes (MRSA), Claudia Mariscal. Em 2020, placas solares foram instaladas no polo, que atende mais de 105 famílias do povo Madija Kulina.

 

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