Segundo Nizan, o psiquiatra o fez descobrir um novo mundo, transformando a sua vida, ele acorda às 5 da manhã e dorme exausto e feliz às 10 da noite.
Hoje, ele é maratonista e triatleta, casado com Donata Meirelles e pai de Antônio, Helena e Zeca.
Criador da N Ideias, é estrategista de comunicação das principais marcas do Brasil. É também Embaixador Global da Unesco, Embaixador do Movimento Paraolímpico brasileiro, um dos mais repercutidos colunistas da Folha de São Paulo e disputado palestrante do país.
Um dos 5 brasileiros mais influentes segundo o jornal britânico “Financial Times”, ele foi eleito um dos empreendedores mais criativos do mundo pela revista americana “Fast Company”.
Nizan foi condecorado com a Ordem do Rio Branco, a mais importante comenda do Estado brasileiro, pelas suas contribuições ao país na área empresarial e no Terceiro Setor.
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal da Bahia, Nizan cursa atualmente o OPM (Owner/President Management) da Universidade Harvard.
Ele participou ativamente do Fórum Econômico Mundial de Davos e da Clinton Global Initiative e foi fundador da Women in the World Foundation.
É empreendedor (DM9, Africa, Grupo Abc, iG, Credicard Hall, Stock Car no Brasil) e investidor (dr.consulta, Trybe, Mottu, Entourage Phytolab). Confira trechos da entrevista exclusiva para o Portal W&G.
1- Você merece ser feliz? O que podemos esperar deste livro que você escreve em parceria com o psiquiatra Arthur Guerra? E um relato de experiências da sua vida?
Conheci o médico psiquiatra Arthur Guerra buscando cura para meus vícios: cigarro, café, remédio pra dormir. Ele não me entupiu de remédios, me entupiu de esportes. E me fez essa pergunta seminal que coloquei na minha mesa: ‘Nizan, você aguenta ser feliz?’ Eu descobri que sim quando vi o óbvio, que as melhores coisas da vida não têm preço: amor, família, amigos, fé. A vida precisa da felicidade, e a felicidade precisa da vida. Mas a felicidade é uma disciplina. Você tem que se dedicar a ela profissionalmente.
O livro com o Guerra é ele falando de todo o desafio da saúde mental no mundo moderno. Eu entro comentando como a abordagem dele na psiquiatria me ajudou a ser um empresário melhor e como os empresários buscam qualidade de vida nos dias de hoje.
2- Você é um homem que constrói imagens e consequentemente cria credibilidade e reputações, hoje como você avalia o mercado publicitário no Brasil?
O mercado publicitário brasileiro é um mercado pujante, criativo, que cria marcas com muita competência. Mas o setor, no mundo inteiro, passa por transformações agudas. O mundo inteiro passa por transformações. Criativa, estratégica e taticamente, a propaganda está evoluindo muito, entregando muito valor às empresas. Mas há uma estrutura toda montada no modelo tradicional de agências que ficou muito pesada e custosa. As agências sabem muito bem disso e já estão mudando, mas não é fácil. Fazer a reengenharia de uma empresa é penoso, mas é necessário. No pain, no gain.
3- Qual sua perspectiva para o mercado brasileiro pós pandemia?
Estamos vendo já nos países que reabrem suas economias uma certa euforia e muita demanda reprimida. Pandemias anteriores foram seguidas por momentos de euforia e crescimento. As pessoas sairão da pandemia com enorme vontade de viver. A vida vai entrar muito na moda, cada um com a sua forma de viver. Muitas oportunidades surgirão. É preciso estar pronto para aproveitá-las. Setores que estão mal vão se recuperar, e setores que explodiram podem desacelerar. Será um mundo muito mais digital e, portanto, mais aberto, mais competitivo, mais veloz.