sábado, 27 abril, 2024
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Seletivas Se Rasgum Amazônia Legal divulga artistas manauaras contemplados

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Seletivas Se Rasgum Amazônia Legal. Pelo segundo ano mapeando as novidades musicais dos mais variados gêneros da região da Amazônia Legal, o Se Rasgum anuncia os 10 artistas contemplados pelo edital que é etapa tradicional de um dos maiores festivais independentes amazônicos.

Neste ano, os selecionados foram As Karuanas (PA), Criola Beat (MA), D’Água Negra (AM), ENME (MA), Karola Nunes (MT), Maya Dourado (AC),  Nega Ysa (PA), Os Falsos do Carimbó + Mestre Ney Lima Pela Paz (PA), Pantera Black (MA) e Velhos Cabanos (PA).

Agora em setembro, os artistas passam por mentoria virtual de carreira e participam de pitching online com players do mercado musical, que irão selecionar três deles para fazer parte do line-up do Festival Se Rasgum, que acontece de 14 a 18 de novembro, em Belém.

Nesta edição, as Seletivas têm o patrocínio master de Coca Cola e Cerveja Devassa pela lei Semear de incentivo à cultura, Fundação Cultural do Pará e Governo do Estado, e patrocínio do Banpará, através da lei federal de incentivo à cultura.

Saiba mais sobre os artistas contemplados

As Karuanas (PA)

As Karuana é um grupo de mulheres indígenas formado por diferentes etnias da Região do Baixo Tapajós que trazem em seu estilo regional uma mescla de seus rituais e ritmo do carimbó. Em 2021 lançaram seu primeiro clipe, “As Karuana/ Borari”, que traz a mensagem da importância da preservação das florestas, rios, lagos e igarapés para o bem viver do povo. No mesmo ano, com temas da cultura ancestral ao som do batuque e das maracas lançam seu primeiro álbum, Vozes dos Rios e Florestas.

Criola Beat (MA)

Da batida ancestral do Tambor de Crioula ao encontro com os beats modernos nasce o Criola Beat, um projeto baseado na pesquisa de ritmos maranhenses, especificamente o Tambor de Crioula, mesclando com a cultura Hip-Hop, Soundsystem jamaicana e música eletrônica. No repertório, um diálogo com a cultura afro-indígena-maranhense e os assuntos recorrentes dos guetos e centros urbanos, apresentando a sonoridade latinoamericana de resistência cultural. Idealizado e produzido por Adnon Soares, o projeto partiu da vivência e registros com mestres da Cultura Popular e de composições dos beats em estúdio e conta também com a participação de compositores da nova geração.

D´Água Negra (AM)

D’água Negra é um trio vocal de Manaus cuja música mistura elementos eletrônicos com soul e jazz, criando uma experiência sensorial. O EP de estreia, Erógena, (2021), tem em sua essência o jazz como “a dramaturgia dos corpos manauaras”. A banda é liderada por um trio de vocalistas da cidade amazônica de Manaus,  Clariana Arruda, Bruno Belchior e Melka Franco e o nome da banda vem de uma homenagem ao rio Negro que atravessa a cidade. 

ENME (MA)

ENME é uma artista queer natural do Maranhão, produtora cultural, cantora, compositora e rapper, que une ritmos regionais ao rap. Desde 2014 trabalha com disseminação e fomento da cultura Hip Hop, circulando os palcos do Brasil com músicas autorais e coreografias contagiantes. Premiada no Maior Festival de Hip Hop da América Latina como artista revelação em 2019, a cantora lançou no início de 2022 seu primeiro disco de estúdio intitulado Atabake. O projeto construído durante a pandemia foi inspirado no Bairro da Liberdade, quilombo urbano onde reside a artista. O disco, dividido em três atos, traz uma sonoridade única que mistura afrobeats, trap, funk e cultura popular do Maranhão, impulsionando o movimento musical “criola beat”, natural do estado.

Karola Nunes (MT)

Karola Nunes é cantora, compositora, instrumentista e sonoplasta. Graduada em Música

pela UFMT, sua trajetória na música começa em 2004 em sua cidade natal, Rondonópolis, e perpassa diversos palcos entre SP, SC, MT e RJ. A artista integrou diversos projetos musicais da cena local como: Bionne, Negramina; Marakadaje e Maracatu Buriti Nagô. Também esteve presente nos principais festivais da região (Festival de inverno de Chapada dos Guimarães, Cerrado Fuzz Festival, Calango e Grito Rock). Seu álbum Somos Som, lançado em 2019, foi produzido por Gustavo Ruiz, mixado por Victor Rice e masterizado por Felipe Tichauer (Grammy Lantino), com participações de Curumin, Pacha Ana e Abel dy Anjos.

Maya Dourado (AC)

Maya Dourado canta e compõe vivências enquanto pessoa não binarie amazônica negra, periférica das bandas do norte do país. Atualmente em todas as plataformas digitais dispõe de Migrando em águas profundas, projeto que se deu o nome de Planeta Elemental, trabalho em conjunto com outros artistas da região acreana. Faz parte do projeto Escrevivências da libertação, que atua dentro da penitenciária feminina de Rio Branco, com a ressocialização de mulheres negras em situação de cárcere privado.  Faz parte da coordenação da central de slam Acre e como atriz, estou no filme Noites Alienígenas

Nega Ysa (PA)

Layssa da Hora, mais conhecida como Nega Yza é mulher negra, mãe solo, nascida no bairro do samba e do amor (na Pedreira). Foi no Terreiro de Tradição de Matriz Africana “Ile Axe Ya Omi Ofa Kare”que desenvolveu suas principais habilidades artísticas em Belém do Pará.Formou-se em dança afro em 2009 no “Bankoma”, Terreiro de Mina São Jorge (BA). Em 2010 iniciou sua carreira artística quando passou a fazer parte da companhia de teatro Bambarê Arte e Cultura Negra e da banda afro de afoxé Italemi Sinavuru. No mesmo ano, ingressou na cena Hip Hop, numa época difícil para uma mulher preta apresentar suas músicas em um ambiente ainda muito machista. Superou as dificuldades, foi campeã de várias batalhas e começou a apresentar seus primeiros trabalhos de Rap.

Os Falsos do Carimbó + Mestre Ney Lima Pela Paz (PA)

As ruas de Belém foi o pontapé inicial na trajetória do grupo. Brincantes da cultura popular e artivistas sociais, os integrantes têm histórico relevante dentro do distrito de Icoaraci e a Ilha de Caratateua, colaborando com grupos e espaços que fomentam a educação popular fortalecendo a identidade nortista. Hugo Caetano, Lucas Silva e Melk Moraes são primos cujo a família tem tradição no Carimbó desde a década de 80 com o extinto grupo “Os Irmãos Coragem”. Desde 2018 tocam juntos como Os Falsos do Carimbó acompanhando mestres como Cuité Marambaia, Lourival Igarapé e Ney Lima Pela Paz. Em 2020 o grupo ganha a colaboração de Arilson DiPreto, jovem quilombola da comunidade de Cachoeira Porteira, Oriximiná (PA), percussionista que estuda ritmos de matriz africana enriquecendo a sonoridade do grupo que com essa formação partiu para a gravação do primeiro EP autoral Caratareua – Icoaraci, lançado em 2022.

Pantera Black (MA)

Modelo, compositora e rapper, Pantera Black é uma artista emergente das batalhas de rima de São Luís. Lançou recentemente seu primeiro EP É O Poder Black Panther com músicas autorais que retratam as vivências da artista na periferia. Com sua sonoridade potente, Pantera Black começou na música em 2015 e ganhou destaque no Rock In Rio 2022, apresentado-se no palco Nave, destinado a novos talentos do território Amazônico.

Velhos Cabanos (PA)

A Velhos Cabanos tem sete anos de história e foi criada no distrito de Icoaraci, zona costeira e periférica de Belém do Pará. Influenciados pelas sonoridades seiscentistas e setentistas, constroem rock progressivo com 5 cabeças criativas e muitos dedos nervosos: Onze da Silva (guitarra), Phellipe Fialho (voz e guitarra), Marcos Sarrazin (sax e teclados), Matheus Leão (baixo) e Lucas Franco (bateria). São conhecidos por músicas longas, solos virtuosos e processos imersivos de criação. O primeiro EP da banda, Risco (2019), demorou três anos para ficar pronto e traz o nível de composição que buscam, com a mistura do progressivo e da brisa estonteante dos rios e da floresta amazônica. Em 2021, a banda lançou o projeto Cores, com single e videoclipe em formato de curta-metragem.

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